quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Repartição da riqueza

Esta frase, repetida vezes sem conta nesta campanha eleitoral, pode causar constrangimentos aos menos esclarecidos e receio a quem possui umas economias e pensa que lhe vão ser retiradas.
Os partidos que preconizam esta medida, na qual eu me revejo, são os partidos à esquerda do espectro político, nomeadamente e principalmente o PCP, e por vezes têm alguma dificuldade em fazer-se entender e passar esta mensagem.
Ora o que entendo por "repartição da riqueza" é nem mais nem menos do que colocar ao serviço dos Portugueses, e em seu benefício, os lucros de empresas que devem estar sob a alçada do Estado. Empresas de sectores estratégicos.
Um exemplo.
Quatro administradores executivos da PT, repito apenas QUATRO, tiveram um prémio anual de 2,2 milhões de euros em 2008. A este valor somaram um prémio plurianual de 3,8 milhões de euros. Este último prémio foi dividido também por Henrique Granadeiro, chairman, da PT.
Outro dado. Entre 2006 e 2008, a administração da PT recebeu, de remunerações variáveis, 18,5 milhões de euros. De remunerações variáveis.
Ora, depois destes milhões todos distribuídos por apenas cinco elementos, o que é que os Portugueses obtiveram de melhoria do serviço público que a PT presta. NADA. Pelo contrário, pagamos tarifas de telefone muito caras em relação à média europeia.
É aqui que entra a repartição da riqueza. Esses milhões todos deveriam servir para reduzir o preço das tarifas que os Portugueses pagam, diminuindo os encargos que as famílias suportam com esse serviço e aumentando o rendimento disponível das famílias.
Este é apenas um exemplo, agora podemos transportar este para outros casos de empresas de sectores estratégicos que deveriam estar ao serviço dos Portugueses.

Paulo «sopas» Amaral

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