sexta-feira, 1 de maio de 2015

A TAP

Tenho ouvido e lido muito sobre a greve que os pilotos da TAP decretaram e que irá ser cumprida de 1 a 10 de maio.
Não sei, se a razão está do lado dos pilotos ou se está do lado do governo e da administração da TAP.
O que sei, e sem qualquer tipo de pretensiosismo acho que a maioria dos Portugueses pensa como eu, é que estou contra a privatização da TAP.
Mas o que tem vindo ao de cima nesta discussão sobre quem tem ou não tem razão no caso da greve dos pilotos da TAP é a sobranceria com que se fala sobre este caso.
Todos sabemos que uma greve, seja em que sector for, traz sempre prejuízos para os utilizadores dos serviços que a fazem. Ao contrário, não valia a pena o acto da greve estar inscrito sequer na Constituição da República Portuguesa. Por isto, o argumento de que a greve afectará os passageiros da companhia aérea portuguesa não pega, nem faz sentido.
Muito menos faz sentido, os argumentos esdrúxulos dos representantes do governo quando vêem dizer que a TAP fechará se a greve se mantiver, que haverá despedimentos se o sindicato dos pilotos mantiverem a greve de 10 dias como se, seja preciso uma greve para este governo pactuar com despedimentos.
Mas, o mais absurdo que vi e ouvi neste caso da greve dos pilotos da TAP foi o discurso do vice primeiro-ministro, Paulo Portas.
Disse a criatura que os pilotos que fazem greve deviam ter respeito pelo País, pela economia, pelo turismo,pela empresa e pelos outros trabalhadores.
Mas, ao ouvir tão funestas palavras, relembrei o respeito que ele teve pela economia, pelo turismo, pelas finanças públicas, pela agricultura e pescas, pela defesa nacional, pela administração interna, pela segurança social, pela educação, pela saúde,enfim por todo o País, quando se demitiu de forma irrevogável por não concordar com a promoção de uma secretária de estado a ministra e, pouco tempo depois, volta ao mesmo governo do qual se tinha demitido irrevogavelmente para ser, veja-se só, promovido a vice primeiro-ministro.
E em quem devemos nós acreditar?
Nos pilotos da TAP,que acho continuam a pretender defender os seus postos de trabalho e não querem uma privatização, ou nestes irrevogáveis que nos têm assaltado ao longo destes anos?

ACORDAI, POVO, ACORDAI!

Paulo «sopas» Amaral