quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O Magalhães

Ficámos a saber que o programa de distribuição do computador Magalhães aos alunos que iniciaram o primeiro ciclo foi suspenso pelo governo.
Alegando que deve ser o próximo governo a estabelecer prioridades e a forma como o programa estava a ser seguido. Outra das alegações do actual governo é que devia ser o próximo executivo, que sair das eleições de domingo, a definir se o programa é para continuar ou não. A ministra da educação incluiu nestas esfarrapadas desculpas o facto de não estar orçamentado este encargo.
Ora, vindo de quem vem apetece dizer que estes senhores estão a mandar areia para os olhos de todos nós.
Então o orçamento que estamos a utilizar não foi o orçamento aprovado no final do ano passado e que só no final deste ou início do próximo é que termos novo orçamento?
Então ainda não há 15 dias se vangloriaram que a abertura do ano lectivo tinha sido um sucesso e agora o que temos é alunos no 2º ano do 1º ciclo com computadores Magalhães, que receberam no ano passado, e os que entraram este ano não possuem esta ferramenta para auxílio nos estudos. Os que entraram este ano no 1º ciclo estão em desvantagem perante os seus colegas, pois não possuem um computador, que embora os erros detectados, não deixa de ser um bom auxílio em termos de aprendizagem.
É claro que os alunos apenas necessitam de levar para a escola a sua vontade de aprender, educação e os materiais habituais como canetas lapiseiras e cadernos, mas se houve um tão grande investimento nestes computadores, porque é que agora se cancela o programa logo numa altura em que o ano lectivo está a iniciar?
Não vi uma tão grande preocupação por parte do governo em congelar medidas, aquando do aumento dos manuais escolares em 4,5%, numa altura de crise generalizada que afecta a maioria das famílias. E quanto às obras públicas também não constatei da parte do governo, vontade em suspendê-las, permitindo assim que fosse o próximo executivo a tomar as decisões.
Nunca é de mais recordar a estes senhores que estamos a falar da educação de crianças, que irão ser o futuro do nosso País.
Estão a tratar da educação dos nossos filhos!

Paulo «sopas» Amaral

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