sexta-feira, 31 de julho de 2015

Mais do mesmo

Raramente leio o pasquim que sai à sexta feira e que dá pelo título de "sol".
Por acaso, e só por acaso, hoje li porque um "camarada" meu veio de viagem e trouxe o referido pasquim.
Ao ler a última página desse libelo, deparei-me com um gorgolão de um escriba, josé antónio lima (jal) acerca do Partido Comunista Português.
Diz a criatura, que o PCP "deve pensar que há um nicho de mercado eleitoral, em particular entre a terceira idade...". Lembro ao senhor, que não só a TERCEIRA IDADE, por quem devemos ter a melhor consideração, gosta e vota no PCP como também a meia idade e a "nova" idade, tem simpatia e vota no Partido Comunista Português!
Esquece-se, jal, que o grupo parlamentar do PCP, é o que tem a média de idade mais baixa de todos os partidos representados na Assembleia da República.
Mais diz a criatura que o PCP clama "por uma saída de Portugal do euro"...
Esquece-se este tipo que não é só o PCP a defender esta solução para a crise que vivemos... Leia-se o que escreve Manuela Ferreira Leite, Daniel Bessa e outros economistas europeus, alguns deles prémios nobels sobre o mesmo assunto...
Diz mais a criatura: acha ele intrigante como o PCP consegue atingir uns "ainda surpreendentes 10% em algumas sondagens." Pergunta o esdrúxulo cronista se este resultado não se deve "ao ar afável de avozinho que Jerónimo de Sousa transmite?"
De facto, dá que pensar este vómito anti-PCP!
Preocupado?
Receoso?
Como estamos perto das eleições legislativas, e sabendo a criatura (jal) que o PCP é o único partido que defende de facto os trabalhadores e o Povo Português, existe todo o interesse em mistificar as ideias do PCP!
Sugiro a todos, e a jal, que leiam o programa eleitoral do PCP...
www.pcp.pt
ACORDAI POVO, ACORDAI!

Paulo «sopas» Amaral

sábado, 18 de julho de 2015

Manigâncias

Mais uma artimanha deste governo.
Depois de ter dito vezes sem conta que o sistema de apoio à doença dos servidores do Estado, vulgo ADSE, era insustentável e que por isso os seus descontos teriam que sofrer um aumento, mais um brutal aumento de imposto, vem agora o Tribunal de contas dizer que não só o aumento para 3,5% era desnecessário e foi excessivo como o que os funcionários públicos pagaram serviu para baixar o défice público.
O que se pode depreender de mais esta manigância governamental é que indo ao bolso dos funcionários públicos, o governo prestou boas contas a Bruxelas...

Paulo «sopas» Amaral

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Demo Cracia

Estas duas palavras, de origem no grego antigo, quando juntas dão democracia.
A palavra democracia teve origem na junção de «demos» ou povo, e «kratos» ou poder, ou seja o «poder ao povo».
Ora foi exactamente isso que o governo da Grécia fez aquando da decisão de realizar um referendo para aquilatar o que os gregos pretendiam em relação às medidas que a troika pretendia impor-lhes, deu o «poder ao povo».
Fora a justeza da decisão e se o governo da Grécia quis sacudir a água do seu capote para a atirar para cima do capote do povo, tirando do debate o facto de se achar que o governo grego fez bem ou mal e se as instituições europeias fizeram chantagem com os gregos, o que se pode e deve afirmar de forma apodíctica é que este é o verdadeiro paradigma de democracia.
Dar poder e voz ao Povo, não só quando há eleições, mas sempre que existam motivos que impliquem medidas que possam influenciar o viver dos povos.
E o que o Povo Grego disse quando foi chamado a referendar a austeridade foi que não pretende mais do mesmo medicamento para a cura que as instituições europeias teimam em querer receitar.
A resposta que o Povo Grego deu às instituições europeias, independentemente do que vier a acontecer, e quando escrevo isto parece que já se chegou a um acordo entre os países da zona euro quanto à situação da Grécia, foi um importante avanço na luta pelo conformismo e contra as diversas teorias do medo e contra as chantagens que têm sido feitas ao longo destes tempos contra os chamados países periféricos.
Mais, o que se passou na Grécia no passado dia 5 de julho foi antes de mais uma enorme demonstração de consciência política.
Agora o que sucedeu após aquele dia, é bastante esclarecedor do que é neste momento, a União Europeia.
A Europa deveria ser um espaço de solidariedade e coesão entre os Povos. Mas o que está a suceder é que Europa, que se mistura com União Europeia, é antes de mais um espaço de solidariedade com os países do centro em detrimento dos pequenos países situados na periferia dessa mesma Europa.
Ora, não foi com este espírito que a Europa foi criada em 1957, naquilo que se chamou a Europa dos Seis (Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos) por proposta de Robert Schuman antigo ministro Francês.
É isto que tem sido dito e escrito por personalidades insuspeitas por essa Europa fora.
Não é este o espírito da União Europeia!
A União Europeia não pode ser um directório do Bundesbank, nem da Sr.ª Merkel, nem do Sr. Hollande.
Estas personalidades e todas aquelas que criaram a zona euro, deveriam ter percebido que não se pode juntar numa mesma moeda países económica e financeiramente tão diferentes. Países onde existem tantas diferenças a nível fiscal, de impostos, de salários, de crescimento económico, nas regras bancárias, nas taxas de juro etc.
Não, não é possível juntar tanta dissemelhança em sectores tão importantes nas sociedades contemporâneas como estes que acabei de citar, e conseguir viver num mesmo espaço...

Paulo «sopas» Amaral