domingo, 11 de março de 2018

O poder de mudar.


Ontem, num jantar de amigos, falámos sobre variadíssimas questões, entre elas a forma de participação cívica ativa na nossa sociedade.
Disse um dos meus amigos, mais ou menos isto: "Isto parece um pouco uma empresa com acionistas, quando chega a altura de votar nas assembleias gerais, todos votam igual."
Não concordando na totalidade com este meu amigo, mas sou levado a acreditar que grande parte da sociedade portuguesa tem este estigma.
Mas por outro lado, e disse-o nessa agradável conversa, os acionistas podem sempre alterar o seu sentido de voto nas assembleias.
E transpus aquela ideia para o poder do voto nas eleições…
Considerando que a empresa é o nosso país,
Considerando que os acionistas é o Povo,
Então, poderei afirmar que os acionistas podem, com o seu poder de votar nas assembleias gerais, que mais não são do que as eleições, alterar o estado de coisas em que se encontra a empresa.
E aqui reside toda a questão.
Então se numa assembleia de acionistas, existe o poder de alterar o que não está a correr bem para obter os lucros almejados pelos acionistas e alterar a composição do conselho de administração dessa empresa, porque razão esse poder não pode ser transposto para as eleições, para mudarmos o governo que nos "enganou" e não fez o que tinha prometido em campanha eleitoral?
Porque razão têm sido sempre os mesmos a (des)governar-nos, e nunca demos oportunidade a outros, que nunca por lá passaram?
Porque razão se afirma de forma apodítica, que "são todos iguais", mas a alguns nunca se deu a oportunidade de provar o contrário?
Amigos, esta é uma luta que muita e muita gente tem vindo a travar por forma a que se consiga dar um outro rumo à nossa "empresa".
Ao nosso PAÍS!
Temos o poder, assim como os acionistas de uma qualquer empresa, de podermos alterar o rumo das coisas.
Não podemos é cair no mesmo erro de alguns de deixar andar…
Não podemos permitir que, por qualquer ineficiência nossa, deixemos cair a nossa Pátria em mãos que apenas perseguem o seu bem estar, descuidando os seus, maioritários, concidadãos.

Acordai, Povo, Acordai!

Paulo Sopinha de Amaral