segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O Debate

O debate de Sábado entre José Sócrates (JS) e Manuela Ferreira Leite (MFL) foi esclarecedor.
Esclarecedor no facto de que ambos têm uma visão da sociedade idêntica, fazem (no caso de MFL, fez) políticas viradas para o grande capital olvidando os que mais precisam, prometem (mais JS) medidas que não irão cumprir, no caso de JS pergunto o que é que andou a fazer nestes últimos 4 anos e meio onde agravou as desigualdades sociais e aumentou o número de desempregados e agora vem dizer "agora é que é!", enquanto que MFL tentou e tenta passar uma esponja pelos anos em que ocupou cargos governativos como ministra da educação e das finanças, onde em ambas as áreas houve tantas desigualdades e conflituosidade.
Aliás, ambos perseguem um mesmo objectivo: passarem uma esponja nos 33 anos em que os dois partidos governaram e tanto "maltrataram" os Portugueses, fazendo com que nós acreditemos que a partir de agora irão fazer coisas diferentes.
Nada mais espúrio.
Quanto a JS mais uma vez se apresentou em pose dogmática. Aliás no debate ele foi tudo o que tem sido nestes 4 anos e meio. Fala do que lhe convém, deitando para trás das costas todos os assuntos que lhe causam ou causaram amargos de boca.
Gostei particularmente da fase do debate, e depois no final do mesmo, quando JS afirmou que iria caso ganhasse as eleições, mudar os ministros em todas as pastas. Depois, algumas horas depois diz em frente às câmaras de televisão que não disse o que disse, a rir-se para tudo e todos com aquele ar autocrático, apanágio daqueles que se arvoam com superioridade em relação aos outros.
Uma última nota.
Em mais de uma hora de debate nem JS nem MFL utilizaram uma única vez a palavra "trabalhadores", aqueles que mais sofreram, que mais direitos e poder de compra perderam em nome de políticas aplicadas pelos dois partidos que nos têm governado nestes 33 anos.
Sintomático.

Paulo «sopas» Amaral

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