sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A privatização da TAP

A TAP foi vendida a um consórcio de nababos por 10 milhões de euros, segundo o que se sabe. Este valor representa cerca de 10% do valor de um dos 71 aviões que a TAP possui.
Ainda há quem considere este um bom negócio.
Não. Não é um bom negócio, não só pelo ridículo do valor que foi feito, mas também pelo facto de o governo não ter legitimidade, pois encontrava-se em gestão depois de ter caído, para tomar qualquer medida de âmbito legislativo ou administrativo. Além de que considero, não só eu como é claro pelas opiniões difundidas na comunicação social, que privatizar uma empresa como a TAP é um erro.
Além de que mais uma vez o anterior governo fez um negócio " da China", pois em caso de incumprimento por parte do consórcio comprador, o Estado obriga-se a recomprar a empresa através da Parpública, não caindo o ónus de qualquer incumprimento nem nos bancos nem no senhor Pedrosa ou Neeleman, os nababos que compraram a TAP.
Este é aquele tipo de negócio que deixa qualquer um com a " pulga atrás da orelha", quanto mais não seja pelo facto de ter sido feito à pressa e à noite depois do governo ter caído.

E foi constrangedor ouvir o anterior PM dizer que a TAP tinha que ser privatizada porque o Estado não sabe gerir a empresa. Ora se o Estado não sabia gerir a TAP, o PM só tinha uma coisa a fazer que era demitir a administração do sr. Pinto e de seguida demitir-se ele, porque é assim que faz quem se sente incompetente para ferir a coisa pública.

ACORDAI, POVO, ACORDAI!

Paulo «sopas» Amaral

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Até que enfim...

Finalmente o PR deu posse ao governo do PS, que tem o apoio parlamentar, e por conseguinte a maioria dos deputados eleitos, do PCP, do BE e do PEV.
Esta decisão é tardia.
Era por demais evidente que o PR queria a todo o custo manter em funções o governo da sua área politica.
É por de mais evidente que a decisão tomada lhe causou e causa muitos engulhos.
Mas é a decisão que deve ser tomada!
Porque até nesta matéria o PR violou a Constituição da República Portuguesa.
Se não vejamos.
No seu artigo 80, a CRP diz que "A organização económico-social assenta nos seguintes princípios:
a) Subordinação do poder económico ao poder politico democrático..."

Ora o que este PR fez ao ouvir primeiro economistas e banqueiros em vez dos partidos com representação parlamentar foi, mais uma vez, ir contra o estatuído naquele artigo da CRP.
Mas não é só aqui que a CRP é subvertida por aquele que deve ser o seu maior defensor e cumpridor.
O discurso de tomada de posse do PR demonstrou alguma azia que foi por demais evidente no tom com que se dirigiu ao novo PM como pelas ameaças que fez descaradamente como aquelas que ficaram nas entrelinhas do seu discurso.

ACORDAI POVO, ACORDAI.

Paulo «sopas» Amaral