quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Dívida pública

A agência de notação internacional Moody's alterou a avaliação feita à dívida pública Portuguesa. Esta, e segundo a referida agência, passou de "estável" para "negativa".
Seguramente que esta avaliação não se resume a dados referentes a último mês, outrossim a alguns meses atrás.
Ora, tirando todas as análises económicas que se possam fazer, nomeadamente o facto de as medidas que têm sido aplicadas ao longo dos anos serem ou não as melhores, devemos reter o simbolismo do aparecimento destes dados na comunicação social. Demonstração de que o governo de José Sócrates escondeu informação durante a campanha eleitoral.
É revelador da má-fé com que o PS e o seu secretário-geral imprimiram na campanha eleitoral, escamoteando informação e dados muito importantes para a economia nacional e que deveria ser do conhecimento de todos os intervenientes políticos.

Paulo «sopas» Amaral

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL

Caro Presidente

Sou adepto do Sporting Clube de Portugal desde sempre.
Já fui sócio, a primeira vez que me inscrevi como tal tinha apenas 11 anos, depois desisti por dificuldades financeiras e após 19 anos voltei a inscrever-me como associado do Sporting Clube de Portugal. Neste momento sou um simples adepto do meu Sporting Clube de Portugal!
Por isto pode constatar o meu SPORTINGUISMO.
Sofro quando o clube perde, sofro com os desaires, que ultimamente têm sido frequentes e até por vezes ganho mau humor quando as coisas não correm de feição para o meu/nosso Clube.
Ainda me lembro, e não foi há muito tempo, do respeito que o Sporting Clube de Portugal incutia aos adversários. Este ano…
Devo dizer que também jogos há que nem sequer dá para ficar aborrecido quando mais a sofrer. Jogos em que o Sporting Clube de Portugal não jogando como deve e já demonstrou saber em épocas anteriores, os perde e aí nada a dizer.
Agora o que mais me preocupa é o facto de o meu/nosso Clube estar a definhar, a cada jogo vê-se o Sporting Clube de Portugal a arrastar-se no campo e acaba por se tornar penoso para os sócios e adeptos ver a forma como os jogadores terminam os jogos.
Posto isto, e como estão as coisas a correr para os nossos adversários na luta pelo título, permita que lhe sugira uma coisa.
Aquando do jogo com o Benfica, reúna o seu staff directivo e decidam pela falta de comparência.
A falta de comparência dita uma derrota por três a zero. Apenas três a zero.
Esta minha sugestão tem a ver com o facto de que para a maioria dos sócios e adeptos do Sporting Clube de Portugal perder com o Benfica é a pior das derrotas e se for por números elevados, então seria uma desgraça.
Leve este meu conselho como muito sério.
SPORTING FOREVER!

Paulo «sopas» Amaral

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A pobreza continua

A acrescentar ao aumento de 18% de novos pobres no último semestre deste ano, ficámos a saber através de um estudo realizado pela DECO que cerca de 40 mil idosos não têm dinheiro para comer.
E este número é tão mais preocupante, quando no mesmo dia o Estado(?) Português anuncia que irá emprestar através da Caixa Geral de Depósitos até MIL MILHÕES DE EUROS ao BPN, um sorvedouro de dinheiros públicos.
Vergonha nacional, não encontro outro termo para caracterizar estes números.
Para uns quantos nababos o dinheiro não falta e aos milhões, enquanto que para quem mais necessita de ajuda cada vez sente mais dificuldades pois o que os governos costumam aumentar os reformados e pensionistas é tão pouco que distribuídos pelos dias do mês não chega nem para beber um café!
Aqui está o Estado Social defendido pelo PS no seu esplendor...

Paulo «sopas» Amaral

Dois pesos e duas medidas

A notícia de que o Estado Português, através da Caixa Geral de Depósitos, irá emprestar até mil milhões de euros ao BPN causa alguma perplexidade.
A rapidez com que o governo português descobre MIL MILHÕES DE EUROS nas suas contas para emprestar a um grupo financeiro que apenas é suportado, ou foi suportado, pelas grandes fortunas em Portugal, contrasta com a ausência de medidas para combater o fecho de empresas que colocam milhares de portugueses no desemprego, bem como muitas famílias na miséria e a terem que recorrer a ajudas de organizações não governamentais.
Temos aqui, dois pesos e duas medidas de um governo que se diz ir combater as desigualdades existentes no País.

Paulo «sopas» Amaral

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Novo governo = mais do mesmo.

Temos, dizem os especialistas, um "governo de combate".
Digo eu: "governo de combate" para os trabalhadores, para os reformados e pensionistas e para todos aqueles que no dia-a-dia se debatem com muitas dificuldades económicas.
Andámos cerca de 10 dias a discutir o sexo dos anjos. Quem serão as caras novas do novo governo, quem será ministro (a) da educação e da economia, etc.
Mas faltou dizer o essencial neste espaço temporal em que se discutiu os nomes dos novos (?) governantes, foi que por muito que Sócrates mudasse os seus ministros do anterior governo para este, o que não mudaria e não mudará são as políticas de direita que o anterior governo levou a cabo.
Tanto mais, que o núcleo duro do anterior governo está lá todo. Isto não deixa margem para dúvidas acerca do tipo de políticas que irão ser seguidas.
Apenas um exemplo das políticas seguidas por Sócrates nos últimos 4 anos e meio.
A pobreza aumentou em Portugal 18%. DEZOITO POR CENTO. Apenas no primeiro semestre deste ano inscreveram-se para apoio social prestado pela AMI 1836 pessoas.
Em contraponto a este exemplo e também em contra ciclo com a economia, os grandes grupos económicos e financeiros, no mesmo período temporal, obtiveram lucros muito volumosos.
Por aqui se pode ver a ânsia e a falta de decoro do presidente da CIP quando afirmou há tempos que Sócrates deveria manter o ministro da economia e o do trabalho para esta legislatura. Pudera, serviu tão bem os seus interesses!
Apenas uma breve nota sobre a nova ministra da educação.Para quem irá comandar o ministério da educação, não lhe ficou muito bem que Isabel Alçada ontem de manhã afirmasse perante as câmaras de televisão que não tinha sido convidada por Sócrates para o governo. Não lhe ficou
bem ter mentido perante o País. Pelo menos calava-se.
É preferível a omissão à mentira!

Paulo «sopas» Amaral

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Pobreza em portugal

José Sócrates (JS) desfaz-se em reuniões, pseudo convites e muito diálogo para arranjar quem queira fazer parte de um governo por si presidido.
A única condição que JS propõe é que para haver coligação, essa coligação terá que partir do principio de que o programa para executar nesta legislatura é o do PS. Para quem defende o diálogo pode-se dizer que nada melhor do que uma condição sine-qua-non como esta para que esse mesmo diálogo possa existir e que dê frutos.
A somar a isto temos que JS afirmou na noite em que venceu as legislativas que o rumo para os próximos quatro anos seria o mesmo dos anteriores. Ou seja, as mesmas políticas prejudicando os trabalhadores portugueses de forma a que nunca se tenha visto manifestações e reivindicações de parte de camadas da sociedade portuguesa como as que aconteceram nos dois últimos anos.
Dos professores aos enfermeiros, dos militares aos agentes da segurança, passando pelo aumento do número de desempregados originado pelo fecho e pela falência, muitas delas fraudulentas de inúmeras fábricas e empresas, etc.
Ora sabendo nós com o que podemos contar do próximo governo chefiado por JS, ficámos a saber hoje que o número de pobres em Portugal aumentou para 18%. DEZOITO POR CENTO.
Apenas no primeiro semestre deste ano foram 1836 as pessoas que recorreram pela primeira vez ao apoio social da AMI, ou seja, mais 24 por cento do que no mesmo período no ano anterior, segundo dados da AMI.
Ainda segundo a AMI o serviço que registou mais procura entre as mais de cinco mil pessoas que, nos primeiros seis meses de 2009, pediram ajuda, foi o da distribuição de géneros alimentares, roupa e medicamentos.
Temos aqui a negação do ser humano.
Dos requisitos necessários para que possamos viver com dignidade é possuir meios de subsistência que sejam suficientes para comer, vestir e conseguirmos aceder à saúde.
Nada disto está a contecer.
No consulado de JS, a pobreza aumentou em Portugal, este é um facto indesmentível.
Posso concluir que se JS diz que as políticas irão ser as mesmas, que se o rumo que ele traçou para esta legislatura é o mesmo que cumpriu nos últimos 4 anos e meio, então em 2013, o número de pobres em Portugal estará perto dos 30%.

Paulo «sopas» Amaral

Aumento da electricidade

A ERSE, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, emitiu um comunicado em que afirma que o custo das tarifas eléctricas irão subir 2,9% para todos os consumidores em 2010.
Bom, nada de novo pois assim que começa um novo ano os Portugueses já estão habituados a novos preços, principalmente nos bens essenciais.
No referido comunicado a ERSE diz que este aumento tem a ver com a redução no consumo em 2009 e que esta quebra implicou, vejam só o pormenor do comunicado escrito pelos responsáveis da ERSE que auferem alguns milhares de euros por ano, passo a citar "a descida dos proveitos previstos para todo o sector eléctrico em 2010, que passam de 5400 milhões de euros (2009) para 5189 milhões de euros, menos 3,9%".
O pormenor é que os proveitos ainda se mantém acima dos 5 milhões de euros, e por isso é necessário um aumento de 2,9% para reestabelecer os valores dos proveitos para serem distribuídos por uns quantos nababos.
Dizem ainda os elementos da ERSE que para um consumidor particular que pague em média 39 euros mensais na electricidade o impacto do aumento proposto é de apenas 1,07 €, ou seja, como dizem os "iluminados" da ERSE é um aumento de "pouco mais de um euro". Neste grupo, convém referir estão incluídos mais de cinco milhões de consumidores particulares.
Ora, podem os responsáveis da ERSE dizer que os custos de produção aumentaram, que existiu uma quebra no consumo, etc., mas uma coisa eles não podem esquecer, é que mesmo com todos estes impedimentos ao aumento dos lucros e dos proveitos, de um ano para o outro esses proveitos não deixarão de ser superiores a CINCO MILHÕES DE EUROS.
E o Zé Povinho que pague.

Paulo «sopas» Amaral

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Deus Pinheiro e a renúncia

É assim que se denigre, ainda mais, a classe política.
Com políticos (?) assim é normal que os níveis de abstenção nas eleições venha a aumentar, pois as pessoas, aqueles que trabalham e que querem ter voz activa na sociedade, quanto mais não seja através do seu voto, vêm nestas atitudes toda a hipocrisia e desonestidade da classe política.Deus Pinheiro, pelos vistos, apenas entrou nas listas a deputado por Braga para que o PSD pudesse ter mais alguns votos.
E, segundo as notícias, se a decisão se centrou em questões de saúde que eu muito prezo, certamente que o futuro-ex-que nunca foi-deputado Deus Pinheiro já teria tempo para renunciar ao cargo e não aguardar pela tomada de posse na Assembleia da República, a casa da DEMOCRACIA.
Já existia um recorde de casamento mais rápido, segundo as notícias foram apenas 24 horas, mas agora temos um recorde que pode muito bem entrar no guinness, o de um político com menos tempo de deputado numa legislatura...
Se era isto que Manuela Ferreira Leite falava de "política de verdade", quero dizer que a verdade anda muito arredada destas lides.
Decoro nas atitudes e nas decisões, é o que a sociedade Portuguesa necessita.

Paulo «sopas» Amaral

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Guerra e Paz

Li na Internet que Gordon Brown, o putativo seguidor dos EUA vai anunciar que o Reino Unido irá enviar mais 500 soldados para o Afeganistão.
Desde já sugiro à Academia Sueca que inscreva Brown na lista de candidatos para o próximo Nobel da Paz.
Assim como Obama, teríamos um governante que envia tropas para cenários de guerra galardoado com o prémio que apenas deveria ser atribuído a quem fomente a Paz e não a guerra.

Paulo «sopas» Amaral

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Eleições Autárquicas

E assim se passou o período eleitoral de 2009.
As últimas eleições foram as autárquicas, que também decorreram num ritmo agradável, salvo o acontecimento em Mondim de Basto em que um elemento pertencente a uma assembleia de voto foi assassinado por um candidato do PS e também devo referir o elevado nível de abstenção que, penso, surpreendeu até os analistas mais conceituados.
Nestas eleições autárquicas também fui candidato na lista à Assembleia de Freguesia de Santo Estêvão, onde nasci e ainda resido, em lugar não legível devido às minhas funções profissionais que não o permitem, mas onde dei o melhor de mim. Do que sei e do que consigo fazer.
Destas eleições, e reportando-me ao Concelho de Lisboa, apenas quero fazer um breve comentário.
Na Freguesia que referi, apenas concorreram 4 forças partidárias. A CDU, lista em que eu constava como independente, o PS, o PSD/CDS/PPM/MPT e o BE.
Todas as forças partidárias fizeram campanha, informaram a população da freguesia do seu programa e mostraram as caras que representavam cada um dos partidos.
Todos á excepção do Bloco de Esquerda.
Penso, e aqui devo referir que é apenas uma suposição minha sujeita a desmentidos, que no restante das freguesias da cidade o BE tenha feito o mesmo.
Mas, assim como na freguesia em que eu constava na lista, o BE teve sempre votação em urna e em alguns casos até elegeu deputados ás assembleias de freguesia.
Isto demonstra claramente a pouca clarividência e, também porque não, a pouca cultura política do povo português.
Como é possível que numa freguesia como aquela em que resido, uma força partidária que aparecer nos boletins de voto, concorre mas não faz campanha, não mostra as caras dos seus candidatos nem sequer apresenta um programa por minimalista que fosse.
Demonstra bem, também, o valor que os responsáveis do Bloco de Esquerda, e aqui devo referir a responsabilidade maior do omnisciente Louçã, acerca do que é o poder autárquico.
E mesmo assim, sem apresentar programa, consegue arrebatar 5% dos votos, num universo de 1106 votantes, na freguesia a que me estou a referir.
Estou a falar de uma eleição que directamente tem a ver com o bem estar das populações, e onde deve existir um elevado nível de exigência nos partidos e/ou pessoas que elegemos para defender os interesses da nossa freguesia.
Penso que é paradigmático da pouca cultura política que grassa em algumas franjas da nossa sociedade.

Paulo «sopas» Amaral

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Nobel da Paz

Barack Obama foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz.
Uma das condições para que o Comité Nobel norueguês tenha decidido atribuir o Nobel da Paz a Barack Obama foi, e passo a citar, "por causa dos seus esforços extraordinários para reforçar a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos".
Esforços extraordinários, direi eu, para manter militares norte-americanos em território afegão e iraquiano.
Esforços extraordinários para instalar bases norte-americanas na Colômbia naquilo que é considerado a maior investida norte-americana na América Latina.
Esforços extraordinários em instalar bases em países da antiga URSS podendo ser considerado uma afronta à Rússia de Putin.
O presidente do comité Nobel também explicou que o "comité deu muita importância à visão e aos esforços de Obama para um mundo sem armas nucleares."
Pois, sem armas nucleares apenas os países que Obama e os Estados Unidos consideram «inimigos», porque quanto a Israel e a eles próprios a coisa fia mais fino, pois são os guardiões do Mundo e logo por isso podem e devem ter armas nucleares.
Prémio Nobel da Paz para Obama, presidente dos EUA. Mais hipocrisia não aguento.

Paulo «sopas» Amaral

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Os apoios

O "apoio" do secretário-geral da CGTP à candidatura do António Costa deixou-me arrepiado. Num primeiro momento até pensei que tivesse sido um lapsus linguae de Carvalho da Silva e amplamente difundido pela comunicação social, mas passadas algumas horas ouvi no telejornal pela boca de Carvalho da Silva o que estava escrito nos sítios noticiosos da Internet.
Por coerência, e princípio considero este apoio público do Carvalho da Silva uma afronta à confederação dos sindicatos representados na CGTP e uma maior afronta ao partido do qual ele é militante.
Não comparo este apoio com o que Saramago nos últimos anos tem dado às candidaturas adversárias do PCP, pois Saramago está fora de Portugal e atingiu uma proveta idade que lhe permite dizer e fazer os maiores disparates. Como os putos.
Quanto a Manuel Carvalho da Silva, o apoio que publicamente demonstrou à candidatura adversária da do partido do qual é militante é extemporânea, errónea, descuidada, hipócrita e demonstra falta de militância política para com o PCP.
Até acredito que Manuel Carvalho da Silva pense que o melhor para Lisboa, a cidade dele e a minha, seja a vitória do António Costa coisa que eu tenho muitas dúvidas, mas limitava-se a estar calado e a não criar mais entropia num partido que já tem que se haver com a omissão na comunicação social das várias iniciativas que leva a cabo, quanto mais ser bombardeado por dentro.
Pensava eu que os Trotskistas já estavam todos filiados no Bloco de Esquerda.
Para quem, como eu, criticou o apoio a Sócrates do Moita Flores enquanto presidente de Câmara eleito como independente pelo PSD, não pode ficar indiferente a este apoio de um militante comunista a um adversário do "seu" partido.
Eu como não sou militante do PCP, não conseguiria fazer pior...
Há apoios que dizem quase tudo sobre a pessoa que o faz.

Paulo «sopas» Amaral

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Cavacadas


Cavaco Silva não quis falar no local emblemático e representativo da República, mas falou no seu local de trabalho, em Belém.
Cavaco Silva não quis interferir na campanha eleitoral, mas falou no primeiro dia da campanha para as autárquicas.
Cavaco Silva não pretendia entrar na luta político-partidária, mas nestas duas situações foi o "anjo da guarda" do PS, pois remetendo-se ao silêncio no caso das escutas ajudou este partido e prejudicou substancialmente o PSD.
É caso para dizer que o Presidente deixou a República encavacada...

Paulo «sopas» Amaral

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Portas, Louçã e os submarinos

Não estou mandatado pelo Paulo Portas (PP) para o defender, nem é o meu intuito, mas sinto que devo dizer algo acerca das palavras de Louçã acerca dos submarinos e do PP.
É grave que um político(?) venha dizer à boca cheia que se a Polícia Judiciária quer encontrar os contratos da assinatura da aquisição dos submarinos, deve procurá-los na casa de PP. É muito grave. Ao afirmar isto, Louçã diz que PP roubou o Estado e que desviou os documentos para os esconder em sua casa.
Se Louçã diz isto tem que ter a certeza, o que duvido bastante, de que é verdade. Se não, deve calar-se!
Já não é a primeira vez que Louçã faz o papel de bonzinho e depois sai-lhe o tiro pela culatra. No caso da Joana Amaral Dias, Louçã veio para as televisões, que o tratam muito bem em relação a outros líderes políticos, dizer que era um escândalo o que o PS estava a fazer com a simpatizante do BE. Só que, a visada veio depois dizer que não achou bem que o líder do BE fizesse desse caso e do seu nome armas de arremesso político. E o Louçã calou-se que nem um rato. E a comunicação social não fez eco deste raspanete que a Joana Amaral Dias deu no Louçã.
O que teria feito a comunicação social se em lugar do Louçã fosse outro qualquer dirigente político, nomeadamente do PCP? Desfazia-o na praça pública.
Mais um episódio que caracteriza bem este trotskista, armado em político do séc. XXI.

Paulo «sopas» Amaral

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O resultado das eleições legislativas V (CDU)

Facto: Sou simpatizante do PCP.
A CDU passou a ser a 5ª força política no panorama nacional.
Se considerarmos isto um campeonato, é susceptível que esta queda possa ser relacionada com uma derrota.
No entanto o que sucedeu foi que a CDU aumentou a percentagem, aumentou o número de votos e até aumentou os deputados, de 14 para 15.
Ora, o que aconteceu com as outras forças políticas, às quais já me referi, foi que aumentaram o seu score eleitoral à excepção do PS, mas esse aumento não se deu à conta da CDU.
Não se pode fazer extrapolações negativas do resultado da CDU pois o que sucedeu nestas legislativas foi que a CDU consolida e amplia, em votos e em mandatos, o bom resultado alcançado nas eleições anteriores. Quanto a isto nada mais há a acrescentar.
Mas o que acho que os responsáveis do PCP e do PEV podem e devem fazer é explicar aos seus militantes e amigos como é que se perde o élan das eleições europeias onde a CDU obteve um excelente resultado.
As eleições europeias são tradicionalmente as piores eleições para o PCP. Devido à sua temática e até devido à história do PCP no que diz respeito à europa, as eleições para o Parlamento Europeu são sempre consideradas umas eleições atípicas onde o partido não costumava obter bons resultados.
Quanto às legislativas, são umas eleições onde a CDU tem vindo a consolidar o seu eleitorado e ainda a ganhar eleitores descontentes com as políticas praticadas e outros que se abstinham nas eleições anteriores. Tudo isto tem acontecido.
Só que este ano as condições alteraram-se. Muito bom resultado nas europeias e um resultado menos bom nas legislativas. Paradoxo? Talvez. Mas a exigir um estudo aprofundado acerca dos resultados destas eleições, e até ser considerado como um case study.
Quanto ao resultado em si, de ressalvar o facto de a CDU ter ficado a apenas 0,97% o que dá 1953 votos apenas, que seriam necessários para ganhar um deputado em Faro.
O que posso concluir, é que a CDU podia ter ganho votos que supostamente viriam da abstenção, mas o que aconteceu é que até esta aumentou a percentagem em relação às legislativas anteriores.
Portanto, houve vários factores que fizeram com que o resultado da CDU não fosse tão bom quanto todos gostaríamos, mas posso afirmar que ficando um pouco triste na noite eleitoral por considerar que os portugueses têm a memória fraca e por vezes gostam de ser maltratados, agora depois de ter pensado acerca dos resultados e de ter lido vários estudos concluo que, A CDU AVANÇA COM TODA A CONFIANÇA.

Paulo «sopas» Amaral