terça-feira, 7 de julho de 2020

Para o Medina

Presidenre da CML.
Tenho por si a consideração que alguém pode ter por quem maltrata aqueles que são a sua essência. 
V. Exa. não pertence a essa categoria que tenha algo a ver com a génese bairrista. Aliás, nada fez para contrariar esta condição. Pelo contrário. Tudo fez para cimentar a opinião de que esrava mais preocupado com o turismo, e a falta dele, em detrimento dos Lisboetas.
Deixe de comentários, sem contraditório,  porque isso não traz nada de bom para quem vive na nossa Cidade. 
Diz o poema:
"Vielas de Alfama, 
Quem me dera lá morar,
Para viver junto ao fado...'
Você  não compreende isto. Este não é o seu paradigma.
Estou farto do seu sorriso hipócrita. 
DEMITA-SE!
Um cidadão nascido e criado em Lisboa.
Paulo Sopinha de Amaral 

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Confinado

Hoje está um daqueles dias que, numa situação normal, eu dizia: "Está bom é para estar em casa".
Como já passaram 33 dias de confinamento, com muito gosto, mesmo com este temporal, eu sairia para cheirar as ruas com odor a terra molhada, para ver as gotículas a caírem dos beirais dos prédios e desviar-me das poças de água.
Neste mês em que se comemora Abril, está a fazer-me falta a LIBERDADE.
Liberdade de poder sair quando e para onde quiser, Liberdade para ultrapassar estes dois metros de distanciamento social e dar abraços, beijos e apertos de mão.
Liberdade para escolher os meus movimentos!

terça-feira, 14 de abril de 2020

Nada vai ser como antes!


E passaram 32 dias desde que me confinei. Ou me confinaram.
Nestes dias, que por incrível que possa parecer até passaram depressa, tive tempo para muita coisa. Passaram rápido mas os 32 dias tiveram fases. Umas melhores outras piores pois ao início não foi fácil aperceber-me do que aí vinha…
Enfim.
Pensar, ler, escrever, cozinhar, ver Netflix e, mais importante, redescobrir-me foram as coisas que me aprouveram fazer neste 32 dias de cativeiro.
Uma das coisas que mais me incomodou foram as teorias da conspiração que foram sendo difundidas no Facebook.
Ora foram os chineses que espalharam o vírus para depois saírem da crise como potência mundial ultrapassando os EUA, ora foram os americanos que plantaram o vírus em Wuhan, ora o Universo zangado connosco fez-nos esta maldade para que tenhamos que repensar a nossa forma de estar numa sociedade globalizada.
Sinceramente das três viro-me mais para a última.
Porque a partir do momento em que nos virmos livres deste vírus, e não deverá ser tão cedo quanto pretendemos, as nossas vidas não irão ser como eram antes de 13 ou 14 de março de 2020.
Este vírus, ou o Universo, como queiram, está a indicar-nos como viveremos daqui para a frente.
Sem magotes aglomerados em um único espaço, sem transportes públicos à pinha, enfim, sem nada daquilo a que estávamos habituados e que fizeram de nós pessoas sem uma perspetiva da vida (e não de vida) conforme deveríamos ter e que este vírus, ou o Universo, nos quer fazer adotar.
Os Portugueses sempre foram um Povo de extremos. Por um lado obedecendo quando as circunstâncias assim obrigam mas por outro, furamos as regras porque sim.
Somos um povo caloroso.
Custa-nos viver à distância, sem abraços, sem apertos de mão e sem beijinhos. Somos assim; somos latinos.
Por qualquer motivo, fazemos almoços e jantares com amigos ou colegas de trabalho.
Será que vai continuar a ser assim?
Já agora, como já escrevi no meu blogue a 5 de abril, "Após esta crise pandémica, será interessante saber se a nossa economia, ou seja os nossos decisores económicos, continuará a apostar em serviços e turismo ou se colocaremos o enfoque nos setores industriais e produtivos."
Esta pandemia terá que trazer à discussão de quem manda e de quem temo poder económico no nosso País se pretende continuar com a financeirização da nossa economia ou por outro lado apostar mais nos setores primário e secundário que conseguem fazer face a crises, como esta por exemplo, ou ficarmos reféns do turismo e serviços, setores voláteis da economia, que quando se dá uma qualquer gripe desaparecem e deixam milhares no desemprego.
No pós Covid-19 serão necessárias medidas consistentes, corajosas e determinadas a equacionar um outro futuro.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Dialogar...


É estranho que ao fim de tantos anos de deixar a escola, tenha que fazer uma resenha do que aprendi na escola, nomeadamente na disciplina de Filosofia sobre o que é o diálogo; o que é dialogar.
Conforme o dicionário Priberam da Língua Portuguesa e a definição do dicionário de Língua Portuguesa da Porto Editora na APP para android, diálogo é: pôr em diálogo; conversa entre duas ou mais pessoas; troca de ideias ou opiniões com o propósito de chegar a um entendimento.
Muito bem.
Vou começar pelo final da definição.
"Troca de ideias ou opiniões com o propósito de chegar a um entendimento."
Ninguém consegue chegar a qualquer entendimento, se houver atropelo de discurso.
Quando em conversa um sobrepõe a sua por cima da conversa do outro, deixa de ser diálogo e passa a ser monólogo: "discurso de um único locutor que não se dirige diretamente a um interlocutor". Porto Editora, Dicionários.

Tudo isto vai passar.

Mas vai deixar marcas…

domingo, 5 de abril de 2020

Vamos ficar todos bem II

Continuamos em quarentena e em estado d emergência, agora alargado até dia 17 de abril.
Estou confiante que as medidas que foram tomadas desta vez, serão as acertadas para se tentar conter a proliferação do vírus.
É certo que isto irá passar.
É certo que iremos conseguir parar a proliferação deste vírus maldito, que nos obrigou a alterar a nossa forma de viver em sociedade, nos obrigou a ficar em casa e, mais importante que tudo isto, nos obrigou a estar afastados dos nossos filhos, dos nossos pais de todos os nossos familiares mais chegados.
E chegados a esse dia, ao dia em que conseguimos erradicar este maldito vírus, voltaremos à nossa vida, embora nada irá ser como antes.
Após esta crise pandémica, será interessante saber se a nossa economia, ou seja os nossos decisores económicos, continuará a apostar em serviços e turismo ou se colocaremos o enfoque nos setores industriais e produtivos.
Espero, e esperamos todos, que não se cometam os erros que foram sendo cometidos ao longo dos últimos anos. Quanto mais não seja, porque temos estado a ser alertados pelos especialistas, cientistas, médicos e investigadores, que isto pode muito bem voltar a acontecer, e seria trágico que passássemos de novo pela falta de material médico e de proteção conforme aconteceu desta vez.
É imperioso que Portugal volte a ter indústria, agricultura e pescas por forma a que possamos ser mais auto-sustentáveis e ficarmos menos dependentes das importações.
Não sou católico. Sou aquilo a que se convencionou chamar de "não católico".
Eu prefiro laico.
Mas impressionou-me ver o Papa Francisco, salvo erro no dia 27 de março, a falar para uma Praça de São Pedro totalmente despida de fiéis.
Como que a perguntar, "Deus, porque nos abandonaste?"
Impressionou-me!
Percebi que esta pandemia não terminará com a Fé muito presente nos Católicos.
Será a Ciência a debelar este vírus e a salvar o Mundo.
Os médicos, os enfermeiros, os investigadores e os cientistas.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Vamos ficar todos bem


Vai ficar tudo bem!
Esta é a frase que mais se lê e ouve em tempos de pandemia.
Vai ficar tudo bem…
Sim, iremos ficar todos bem, à exceção dos que morreram e das respetivas famílias que choram e chorarão os seus entes queridos.
Eu acredito que iremos ultrapassar esta pandemia, a quem já chamaram de guerra.
Mas, como em todas as guerras, haverá perdas. Muitas perdas!
E estas perdas, humanas, sociais e económicas, deverão levar a pensar-mos que qualquer coisa, e "qualquer coisa" não é menosprezar qualquer inimigo, nos leva para cenários dantescos, cenários que só estávamos habituados a ver em filmes de ficção científica ou filmes violentos.
Hospitais com médicos e enfermeiros vestidos com fatos quase espaciais, hospitais a abarrotar com serviços e camas cheias, famílias inteiras em casa, lojas fechadas, ruas desertas.
Vivemos em estado de emergência.
Há décadas que a comunidade científica vinha alertando para o aparecimento de uma pandemia e por conseguinte a necessidade de se tomar medidas preventivas a nível mundial.
Porque razão, estes alertas não foram levados em conta?
Porque razão foi o mundo apanhado desprevenido nesta questão?
A que se deveu e deve, a notória falta de solidariedade e de cooperação a nível europeu e mundial, que fez agravar a situação pandémica?
Vamos ficar todos bem. Certo.
Mas não iremos voltar a ser os mesmos!
Humana, social e economicamente!
Dá que pensar.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

O Racismo

Declaração de interesse: não sou racista nem defendo qualquer ideologia que defenda o racismo!

Tive o maior cuidado a ver o programa de ontem da RTP, Prós e Contras, sobre a questão do racismo.
Aliás, nos últimos dias, o que mais se ouve, vê e lê nos meios de comunicação social é sobre o coronavirus e o racismo...
Quanto ao programa da RTP sobre o racismo, apraz-me dizer isto.
Se verifiquei algum racismo naquele palavreado todo, foi de que se existe racismo este é protagonizado por aqueles que se dizem vitimas desse próprio racismo. Ouvi, chamarem de "skinhead" a um historiador que estava no painel de comentadores, apenas porque não corroborou as opiniões que estavam a ser difundidas.
Ouvi, um prolixo advogado de etnia cigana, a defender o que nem sequer deveria ser tema de discussão: a etnia cigana e os valores a ela associados.
Escutei, também, aqueles que pretendem fazer da raça negra os "coitadinhos" da sociedade portuguesa. Até foi aventada a hipótese de existirem quotas para os mais altos cargos políticos e empresariais para os negros e os ciganos.
Não considero que seja necessário isso!
As pessoas chegam lá não pela cor da sua pele, pela sua crença ou ideologia, mas sim pelas suas capacidades.
Há negros em altos cargos...
Há ciganos em cargos importantes...
Mas o que existe também, é que há imensos ciganos a venderam produtos ilegais na baixa de Lisboa, negros a inventarem situações que chegam a vias de facto, como por exemplo crimes de sangue, de tráfico de droga, etc.
O que existe, também, são homens e mulheres de raça branca a cometerem crimes de sangue, de corrupção e outros...
Mas, o que se vê nas televisões, esse meio de comunicação que nos entra pela casa dentro, é que quando um negro ou um cigano são alvo de violência,"aqui d'el Rei", vêm todas as entidades que se apelidam de "anti-racistas" a defenderem quem é alvo dessa violência, tenha sido ou não violento, sem sequer se aperceberem do que levou a esses atos por parte das forças policiais.
Mas quando o contrário existe?
Quando são os brancos alvo da violência, seja física ou outra qualquer, o que é que se passa?
NADA!
Quem anda nas ruas da baixa de Lisboa, também é alvo de violência intelectual e psicológica, pois a quantidade de membros de etnia cigana que andam a vender estupefacientes ilegais, deixa qualquer pessoa, que trabalha e vive apenas e só do seu trabalho "violentado".
Anti racista sempre, mas pretendo que se veja esta situação de forma pragmática e sem sofismas ou dogmas.

Acordai, Povo, Acordai!

Paulo Sopinha de Amaral


terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Os Símbolos Nacionais

É de forma estranha e com muita mágoa, que após estes anos todos de serviço à Pátria, nunca me dei ao trabalho de verificar que a instituição a quem presto serviço à 31 anos, a Instituição Militar que defende esta Pátria com mais de 900 anos de história, relegar para 2º plano o símbolo maior da nossa Pátria: a Bandeira Nacional.
Na unidade militar onde presto serviço, contrariando o decreto-lei n.º 150/87 de 30 de março, a Bandeira Nacional terá que estar sempre, repito, sempre, hasteada em lugar inferior a qualquer outro símbolo ou distintivo. Seja que entidade for...

Acordai, POVO, acordai!