quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A Islândia e Portugal

Na Islândia os responsáveis pelas falências de bancos foram detidos preventivamente. Altos ex-quadros e ex-dirigentes, como o ex-presidente executivo de um dos maiores bancos Islandeses foram presos preventivamente para que as autoridades consigam apurar responsabilidades na falência de 3 bancos.
Mais ou menos ao mesmo tempo destas detenções, começou o julgamento do ex-primeiro ministro, pelas suas responsabilidades na crise económica e financeira que a Islândia passou. Geeir H. Haard era o primeiro ministro quando a Islândia quase entrou em falência. Islândia que era um dos países em que o nível de vida era dos mais elevados do mundo.
Por isso, o ex-primeiro ministro está a ser julgado.
Em Portugal o que se passa é: os banqueiros que enriqueceram com os empréstimos concedidos a famílias e empresas, e que quando chegou a altura de contribuir para a solução da crise saltaram fora, continuam nos seus cargos e até se intrometem em questões de Estado.
Um dos principais responsáveis para que fossem roubados milhões de euros aos portugueses por não ter feito o seu trabalho com eficácia, nomeadamente na supervisão bancária, veja-se o caso do BPP e BPN, Vítor Constâncio, é agora vice-Presidente do BCE com as mesmas atribuições.
Os primeiros ministros que governaram desde a nossa entrada na CEE, andam por aí. Soares é ouvido por tudo e por nada, tem uma fundação que absorve largos milhares de euros ao erário público. Cavaco, o grande culpado pela situação a que chegámos, é neste momento presidente da república e fala como se nada fosse com ele. Emite opinião sobre situações anódinas e quando chamado a falar sobre casos concretos da vida política refugia-se na sua pose de Estado que cada vez está mais deteriorada. António Guterres, fugiu para um cargo nas Nações Unidas deixando Portugal de tanga. Durão Barroso, o Cherne, copiou o seu antecessor e também ele fugiu para a presidência da UE, deixando Portugal entregue a um bon vivant que apenas será recordado pelo facto de ser o primeiro primeiro ministro a ser demitido pelo PR, depois de 1976. José Sócrates, viu-se envolvido em imensas situações no mínimo de desconfiar e com amigos também um pouco "esquisitos", mas nem assim a justiça portuguesa conseguiu levá-lo ao banco dos réus e como se isto não bastasse arrastou Portugal para mais um pedido de ajuda (?) às instâncias europeias, entregando-nos de mão beijada a esta cambada de agiotas. Passos Coelho rodeou-se dos mais neo-liberais políticos (?) para nos roubar ainda mais e continuar a sua saga de entrega dos sectores vitais da sociedade a estrangeiros.
E o que é que se passa?
Parece que nada!
Vivesse esta cambada de ladrões, maus políticos e interesseiros na Islândia e se calhar neste momento não andavam por aí a pavonearem-se.

Paulo «sopas» Amaral

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Soares e o manifesto

Mário Soares foi o principal signatário de um "estranho" manifesto.
Pede o manifesto que os Portugueses não fiquem em casa amanhã e adiram à greve geral.
Mas diz também uma coisa que considero completamente abstrusa. Diz o manifesto, ou melhor diz a criatura Soares, que tem que ser a esquerda democrática a dar a volta a esta situação.
Gostava de saber qual é a esquerda democrática que Soares preconiza.
Será a esquerda que ele protagonizou enquanto primeiro-ministro?
Será aquela esquerda que governou Portugal nos últimos seis anos e que ajudou a que chegássemos a esta situação?
Ou será que a criatura se está a referir à esquerda caviar que é o bloco de esquerda?
Como sempre, Soares manda as atoardas e depois esconde-se atrás da sua capa de pai fundador da democracia.
Diz também o referido "manifesto Soares" que e cito, “Não podemos assistir impávidos à escalada da anarquia financeira internacional e ao desmantelamento dos estados que colocam em causa a sobrevivência da União Europeia”. Ora quem!
Quem assina por baixo foi quem entregou Portugal ao imperialismo norte-americano.
Quem assinou por baixo este "manifesto" foi quem permitiu que o 25 de Abril deixasse de ser aquilo para que tinha sido criado para passar a ser outra coisa completamente diferente e sempre em desfavor dos trabalhadores.
O que peço ao Dr. Soares é que se reforme. Penso que os Portugueses já estão fartos das suas pantominices. Ora esteve contra o Sócrates, ora está a favor do Passos Coelho, ora é a favor dos mercados, ora considera que eles fazem "obscuros jogos do capital" e que "podem fazer desaparecer a democracia".
Para quem foi denominado, para mim erradamente, de "pai da democracia", penso que chega de fazer tão mal à sua filha.

Paulo «sopas» Amaral

Greve Geral

Amanhã é dia de greve geral.
Contra tudo e contra todos, esta deve ser A greve geral.
Tem sido afirmado por muitos que este tipo de luta não leva a nada. Houve até quem lhe chamasse "ritual burocratizado".
Mas não é!
É um "ritual" para aqueles se conformam e resignam com este tipo de políticas.
É um "ritual burocratizado" para aqueles que estão bem instalados na sociedade, aqueles que saltitam de poleiro em poleiro, sem nunca perderem as mordomias e os chorudos vencimentos.
É um "ritual" e não deve ser valorizada, para aqueles que têm assento nas televisões e nos jornais e que opinam sobre tudo e sobre nada, sempre em favor dos poderes instalados.
Não será seguramente um "ritual" para os que estão a ser ROUBADOS nos seus vencimentos.
Não é um "ritual burocratizado" para os que pretendem comprar medicamentos e perguntam ao farmacêutico, primeiro, quanto custa cada embalagem dos remédios que têm para aviar.
Não pode ser um "ritual" para os que vêem o ordenado nunca chegar ao fim do mês e terem dificuldade em comprar comida para pôr na mesa.
Todos devemos ter uma participação activa nesta greve.
Para uma grande jornada de luta.

Paulo «sopas» Amaral

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Produção e Dignidade

Temos sido vitimas de decisões políticas atentatórias da dignidade e da condição de vida dos cidadãos e dos serviços e apoios sociais.
De há muitos anos para cá!
Temos, também, sido intoxicados pela comunicação social onde proliferam os «opinion makers» do sistema capitalista, com as inevitabilidades das medidas aplicadas draconianamente pelos sucessivos governos. É aquilo a que costumo chamar de "formatação da opinião pública".
Uma das vertentes dessa "formatação" é a baixa produtividade dos Portugueses. Sistematicamente, ouvimos dizer aos nossos governantes e aos «fazedores de opinião» que os Portugueses têm que aumentar os seus níveis de produtividade.
Aqui estamos de acordo.
Agora o que eu questiono é como é que será possível aumentar os niveis de produtividade se o nosso sector produtivo praticamente não existe.E o pouco que existe, de facto trabalha e trabalha bem.
Se esses «fazedores de opinião» se estão a referir aos funcionários públicos, aos trabalhadores do sector do turismo, aos trabalhadores da banca, da bolsa de valores, da TAP, da EDP e da REN, da PT, da GALP e os trabalhadores dos postos de combustíveis, quando referem que temos que aumentar a produtividade então que expliquem como é que esses trabalhadores podem aumentar os seus níveis de produtividade.
Será que os iluminados que apregoam para aumentarmos os níveis de produtividade estão a pensar que no caso dos funcionários públicos se estes arquivarem mais processos esse nível está satisfeito?
Ou os trabalhadores dos postos de combustíveis vêem os seus níveis de produtividade cumpridos se abastecerem 180 carros por dia?
O que estes «arautos do sistema» não dizem nem apontam o dedo é ao facto de termos responsáveis políticos, uns ainda no activo outros nem tanto, que delapidaram todo o nosso sector produtivo em troco de uns quantos milhares de euros.
Terá que ser a esses políticos de «meia tigela» que teremos que exigir responsabilidades na situação a que chegámos, e não áqueles que com trabalho contribuiram e contribuem para o desenvolvimento do País.

Paulo «sopas» Amaral

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O Descalabro

A troika esteve cá.
E não disse nada de novo!
Ou melhor, o que disse de novo foi mais do mesmo. Cortar no custo da mão de obra.
Pois é. Por muito que me esforce, não consigo ver nas medidas que a troika nos manda implementar, nenhuma medida que obrigue os que mais têm a contribuir para solucionar uma crise que ajudaram a criar.
Foram os bancos, nacionais e estrangeiros, que contribuíram para esta crise que nos assola.
Quem trabalha é que não contribuiu em nada para isto. NADA!
Mas somos nós que estamos a pagar os desmandos dos banqueiros e dos especuladores.
A troika «determina e manda publicar». E os nossos governantes agacham-se num acto de genuflexão sem precedentes.
Gosto muito de Portugal. Arrepio-me quando ouço o Hino Nacional.
Do que não gosto é da quantidade de bananas que somos.
Conseguimos aceitar este tipo de intervenção sem qualquer constrangimento.
A troika externa e a troika interna, roubam-nos e nós nada. Ficamo-nos. Por vezes, impávidos e serenos.
Não percebemos que a receita que nos estão a aplicar, é a mesma que aplicaram na Grécia. E vemos no que deu.
Não percebemos, ou melhor estes nababos não percebem, que não é cortando nos salários que se revitaliza a economia. A economia não pode ser relançada se não existir um sector produtivo forte.
Em lugar de estarmos a seguir os exemplos desastrosos que nos querem pespegar, porque não seguir os casos de sucesso, como por exemplo o do Brasil?
O que nos está a acontecer, é estarmos a caminhar rapidamente para o abismo.
Enquanto a financeirização da economia se sobrepor à «economia da produção», estaremos a caminhar a passos largos para o colapso.
Como já alguém disse, "É a economia estúpido!".

Paulo «sopas» Amaral

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Onde é que vamos parar?

Quando é que isto pára?
Já foi a décima sexta economia a precisar de resgate, depois foi a oitava e a décima quarta e agora estamos na terceira, sim é verdade, na terceira economia da europa a necessitar de resgate finaneiro por parte da UE, do BCE e do FMI.
Quem é que nos quer levar para o abismo?
Quem é que tem interesse em que a economia europeia entre em descalabro?
Será possível que os povos da Europa permitam que esta saga continue?
Será que este ataque feroz aos países pertencentes ao euro vai cotinuar até atingir a França e a Alemanha, as duas maiores economias europeias?
Tenho uma ideia sobre este assunto: temos que acabar rapidamente com o sistema que cria crises sistémicas e, que após cada crise os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres.
Temos que dar por findo o sistema capitalista que cria guerras, fome, desemprego, enfim CRIA MISÉRIA!

Paulo «sopas» Amaral

As demissões

Tenho ouvido sistematicamente que o euro tem demitido ou tem feito cair primeiros ministros na Europa. Foi Sócrates, foi Zapatero, foi Cohen, foi Papandreou e agora Berlusconi.
Querem prova maior que a finança, a alta finança, manda mais nos países da Europa do que os próprios povos?
De que adianta um País ter eleições e eleger um governo, seja ele de esquerda ou de direita, seja bom ou mau, se a seguir os especuladores agiotas, que jogam com a vida de milhões de pessoas cujo único intuito é a obtenção de lucro e mais lucro, entendem que este ou aquele governo não segue à risca a sua cartilha, esses especuladores fazem tanta pressão que obrigam os governos a cair ou a demitir-se.
Estamos entregues a esta corja de agiotas!
A financeirização da economia tem que terminar.
Nenhum País conseguirá sobreviver com este modelo económico. Não existe economia forte se não houver um sector produtivo igualmente forte.
Produzindo mais, significa importar menos. E assim a nossa balança comercial deixará de ser deficitária.

Paulo «sopas» Amaral

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Em Abril de 1974, os militares derrubaram uma ditadurade 48 anos. Hoje é tempo de os militares interromperem o rumo que o País está a levar. Portugal caminha rapidamente para o abismo. Os condutores que levem Portugal para o abismo são os governantes do PS, PSD e CDS que há 35 anos nos (des)governam. Por isto, terão que ser os miliatres a tomarem em mãos a defesa da Nação. O povo, de onde os militares emanam, poderão contar com os militares. E estes poderão contar com o povo.

terça-feira, 19 de julho de 2011

A "ajuda" a Portugal

O presidente do FEEF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira), afirmou à dias que «o resgate da divida de Portugal e da Irlanda têm sido um bom negócio para os países que lhes concederam garantias».
Disse também Klaus Regling que «até agora só houve ganhos para os alemães porque os juros pagos por Portugal e pela Irlanda ficaram acima dos refinanciamentos que a Alemanha fez e que a diferença reverte a favor do orçamento alemão».
Mais palavras para quê?
Temos aqui explicado por um dos maiores intervenientes no sistema, que a "ajuda" que a troika interna constituída pelo PS, PSD e CDS assinou com a troika externa (FMI, UE e BCE) de ajuda não tem nada, outrossim, é mais uma forma de encher os cofres dos mais poderosos em claro prejuízo dos mais fracos.
É duro ler este tipo de afirmações. É penoso para quem trabalha, ler e ouvir que o dinheiro que emprestaram a Portugal serve para encher os cofres de países como a Alemanha, e os bolsos dos especuladores financeiros que se servem da vida de milhões de pessoas em todo o mundo para enriquecerem!
O mais espantoso, ou não, é que os responsáveis políticos cá do burgo, ouvem este tipo dizer o que disse numa entrevista a um jornal alemão, e ficam mudos...
Neste momento, já existem fazedores de opinião em Portugal, daqueles encartados pelos sucessivos governos e que sempre deram uma mãozinha a quem está no poder, a dizer que a Alemanha devia sair do euro e que até não havia mal nenhum se Portugal renegociasse a sua dívida.
Nada disto é novidade. Apenas foi dito por quem não tem acesso aos meios de comunicação social. Tudo isto foi dito pelo PCP, que quando o afirmou não teve a repercussão na comunicação social como o têm os senhores que sistematicamente omitem opinião.
Paulo «sopas» Amaral

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O oportunismo do BE

Estes senhores do BE são de facto aquele tipo de pessoas que denigrem a imagem, cada vez mais negativa, dos políticos Portugueses.
Ainda há uma semana, o omnisciente Louçã disse, acerca da ponderação que o PCP estaria a fazer para apresentar uma moção, que não era boa altura para se apresentar uma moção de censura ao governo e que não contassem com o seu partido para tirar o PS do governo e colocar lá a direita.
Numa semana, a criatura mudou radicalmente de posição. Como radicalmente tem andado a fazer política.
Louçã tem colado sistematicamente às iniciativas do PCP, para assim poder tirar valor às posições que o PCP toma e define, pois com o apoio dos órgãos de comunicação social que o BE tem, o que passa para a opinião pública é que é este aglomerado de ex-militantes de vários pequenos partidos que tem a iniciativa de muitas medidas que o PCP preconiza e leva a efeito, mas sem as luzes da ribalta que o BE desfruta.
Como é possível o povo Português ir em cantigas? Como é que os Portugueses entendem que este "líder" político depois de ter andado dois meses de braço dado com o PS no apoio ao Manuel Alegre, venha agora dizer que pretende apresentar uma moção de censura ao mesmo PS? Então apoiando o mesmo candidato a PR, o Bloco e o PS não têm a mesma ideia para Portugal? As ideias que estão a ser seguidas há 6 anos por este governo?
E quer o Louçã mandar areia para os olhos dos mais incautos.
Para os meus não, pois a mim ele nunca me enganou.
Oportunista, hipócrita, sem ideias definidas do que pretende para o País.

Paulo «sopas» Amaral

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Sacrifícios para todos?

Mais uma demonstração do tipo de políticas e medidas que este governo nos tem vindo a presentear.
As notícias de ontem deram a conhecer que a tão falada e apregoada pelo governo, taxa especial sobre a banca ainda não pode ser aplicada por falta de portaria regulamentar. É caso para dizer que «porcaria».
O governo de Sócrates, que foi tão lesto a regulamentar a extinção do abono de família para milhares de portugueses, que foi tão rápido a aplicar a descida de 3,5% a 10% nos ordenados dos trabalhadores que não hesitou um segundo em aumentar as taxas de IRS e a contribuição para a caixa geral de aposentações, está a «atrasar-se» em aplicar a taxa à banca.
Querem maior exemplo do Robin dos Bosques ao contrário, do que este?
Rouba-se aos trabalhadores e popa-se aos poderosos!

Paulo «sopas» Amaral