sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Socrates e as escutas telefónicas

José Sócrates (JS), o primeiro ministro de Portugal afirmou hoje nos jornais da hora de almoço que se sente insultado por um semanário que o acusa de ter mentido na Assembleia da República acerca do negócio da compra da TVI.
E quer saber se as escutas de que foi alvo, ou continua a ser, são legais e desde quando estão a ser feitas.
Bom, duas coisas me apraz dizer sobre isto.
Se de facto JS se sente insultado é porque as notícias são falsas. Se as notícias são falsas é porque as escutas telefónicas não têm nada de relevante. E se as escutas são irrelevantes, deve JS permitir que a Nação fique a saber quais as conversas, mesmo privadas, que um dos mais altos representantes da Nação teve com um dos seus amigos. Que por acaso é arguido num processo de corrupção.
A Nação agradeceria a JS e este poderia vir a tirar dividendos no futuro desta sua boa acção, coisa que não tem feito com a frequência necessária.
Claro que todos nós temos direito às nossas conversas privadas. Claro que podemos dizer alguns palavrões ao telefone quando estamos a falar com amigos. Mas quando essas conversas não têm nada mais a não ser isso mesmo, conversa, e na posição de alto representante da Nação era de bom tom e de um grande significado patriótico a permissão para que essas escutas fossem do conhecimento de todos.

Paulo «sopas» Amaral

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