sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Os empregos de Belmiro de Azevedo

O patrão da SONAE, à margem de uma cerimónia de entrega de diplomas afirmou que a candidatura de Vítor Constâncio para Vice-presidente do BCE era irrelevante para Portugal. Estou plenamente de acordo, pois o governador do BdP que tem como uma das incumbências supervisionar o mercado bancário em Portugal não o fez e permitiu que acontecesse a alguns bancos o que aconteceu, não tem credibilidade nem competência para ascender a um alto cargo em instituições europeias.
Mas, o homem que já foi o m ais rico de Portugal disse mais. Disse que os problemas de Portugal não se resolvem com nomeações para instituições europeias ou mundiais, outrossim os problemas de Portugal resolvem-se com a necessidade de Portugal precisar de "ter empregos razoáveis e baratos", e "coesão salarial".
Aqui está demonstrado o pensamento e a praxis de um dos maiores paladinos do capitalismo e do liberalismo. O pormenor da adjectivação em relação ao emprego: "barato"!
É isto o que o senhor preconiza para Portugal: mão de obra barata, trabalhadores 12 horas no local de trabalho, perda de direitos, aumentos salariais nulos, tudo isto para que os lucros da empresa do senhor aumentem exponencialmente.
É verdade que a empresa da criatura é uma das maiores empregadoras do País. Mas emprego precário, sem direitos muitos deles consagrados na Constituição da República Portuguesa o que consagra uma ilegalidade a quem os sucessivos governos fecham os olhos e baixos salários.
É por isto que cada vez mais penso que a ideologia que eu preconizo, bem como milhões de outros trabalhadores e trabalhadoras pelo mundo inteiro, é a mais adequada para combater este tipo de injustiças.
Ninguém, mas mesmo ninguém, poderá concordar com o que um dos mais altos representantes do capitalismo em Portugal defende. Quem gostaria de estar a trabalhar numa empresa da criatura sabendo que o seu patrão defende mão de obra barata?
Quem, seja do PSD, do CDS ou do PS, gostava de ser considerado "escravo"? Sim porque é o que se depreende das palavras da criatura.

Paulo «sopas» Amaral

Sem comentários:

Enviar um comentário