sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A CGD e as políticas sociais do Governo

Ontem ouvi no noticiário da noite que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) apresenta duas taxas de juro diferentes consoante os clientes são de risco ou não.
Não sei se por coincidência ou não, na internet esta notícia não merece atenção de nenhum dos sítios noticiosos. A coincidência a que me refiro tem a ver com o facto de o primeiro ministro ter feito ontem também, mais um exercício de auto-elogio das suas políticas sociais (?).
Ora, o contra senso pode ter provocado a ausência da notícia da CGD.
Por um lado o PM elogia-se mais as suas políticas sociais, por outro a CGD, banco do Estado, anuncia uma medida que tem tudo menos a ver com sensibilidade social.
Agora pergunto: Se as taxas de juro mais altas são para os clientes de risco e as mais baixas para aqueles que não apresentam risco, e aqui e segundo a notícia da SIC o risco tem a ver com a segurança no trabalho entre outros factores, então os clientes de risco são a totalidade dos Portugueses que trabalham por conta de outrem pois os arautos do neoliberalismo afirmaram vezes sem conta que trabalho fixo para sempre acabou-se! Portanto pode-se concluir que os beneficiados com as taxas mais baixas são os mesmos que acabam sempre sendo beneficiados pelo Estado, ou seja, os que mais têm e que mais podem.
E acerca disto nem uma palavra do PM e de algum acólito seu.
Políticas sociais, não é Senhor Engenheiro?
Tenha mas é vergonha e pense antes de falar, pois os Portugueses estão fartos das suas pantominices.

Paulo «sopas» Amaral

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