terça-feira, 13 de outubro de 2009

Eleições Autárquicas

E assim se passou o período eleitoral de 2009.
As últimas eleições foram as autárquicas, que também decorreram num ritmo agradável, salvo o acontecimento em Mondim de Basto em que um elemento pertencente a uma assembleia de voto foi assassinado por um candidato do PS e também devo referir o elevado nível de abstenção que, penso, surpreendeu até os analistas mais conceituados.
Nestas eleições autárquicas também fui candidato na lista à Assembleia de Freguesia de Santo Estêvão, onde nasci e ainda resido, em lugar não legível devido às minhas funções profissionais que não o permitem, mas onde dei o melhor de mim. Do que sei e do que consigo fazer.
Destas eleições, e reportando-me ao Concelho de Lisboa, apenas quero fazer um breve comentário.
Na Freguesia que referi, apenas concorreram 4 forças partidárias. A CDU, lista em que eu constava como independente, o PS, o PSD/CDS/PPM/MPT e o BE.
Todas as forças partidárias fizeram campanha, informaram a população da freguesia do seu programa e mostraram as caras que representavam cada um dos partidos.
Todos á excepção do Bloco de Esquerda.
Penso, e aqui devo referir que é apenas uma suposição minha sujeita a desmentidos, que no restante das freguesias da cidade o BE tenha feito o mesmo.
Mas, assim como na freguesia em que eu constava na lista, o BE teve sempre votação em urna e em alguns casos até elegeu deputados ás assembleias de freguesia.
Isto demonstra claramente a pouca clarividência e, também porque não, a pouca cultura política do povo português.
Como é possível que numa freguesia como aquela em que resido, uma força partidária que aparecer nos boletins de voto, concorre mas não faz campanha, não mostra as caras dos seus candidatos nem sequer apresenta um programa por minimalista que fosse.
Demonstra bem, também, o valor que os responsáveis do Bloco de Esquerda, e aqui devo referir a responsabilidade maior do omnisciente Louçã, acerca do que é o poder autárquico.
E mesmo assim, sem apresentar programa, consegue arrebatar 5% dos votos, num universo de 1106 votantes, na freguesia a que me estou a referir.
Estou a falar de uma eleição que directamente tem a ver com o bem estar das populações, e onde deve existir um elevado nível de exigência nos partidos e/ou pessoas que elegemos para defender os interesses da nossa freguesia.
Penso que é paradigmático da pouca cultura política que grassa em algumas franjas da nossa sociedade.

Paulo «sopas» Amaral

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