quinta-feira, 30 de julho de 2009

A Esquerda de Manuel Alegre

Manuel Alegre despediu-se do Parlamento ao fim de 34 anos de actividade parlamentar. Quero desde já dizer, que considerei Manuel Alegre um excelente tribuno.
Quero referir também o seu papel como Deputado Constituinte com o papel que tem que se lhe reconhecer na elaboração e edificação da Constituição da República Portuguesa, projecto de sociedade democrática.
Só que Manuel Alegre teve nestes últimos anos um «tempo de antena» de que nem todos se podem vangloriar.
Esses «tempos de antena», por vezes despropositados recordo-me que até acerca das últimas eleições do Benfica o entrevistaram, não tendo sido concedidos a outros partidos e responsáveis partidários, tiveram um papel muito importante na ideia que os Portugueses fizeram em relação a Manuel Alegre. Por vezes errada, afirmo eu e passo a explicar.
A comunicação social tem por hábito enfatizar declarações do vice-presidente da AR/deputado/poeta/não sei o quê Manuel Alegre, e uma das afirmações era que para revitalizar a economia nacional era necessário aumentar os salários.
Devo dizer que estou completamente de acordo com a medida em si. Aliás, subscrevo por baixo.
Mas o que mais me aflige é a ideia do vice-presidente da AR/deputado/poeta/não sei o quê, não ser uma ideia nem uma medida que nunca tenha sido anunciada.
Pelo contrário!
Desde Outubro do ano passado que o Partido Comunista Português anunciou que esta seria uma de entre outras medidas a tomar pelo governo que melhorariam a qualidade de vida das famílias portuguesas e por consequência a economia do País seria revitalizada.
Mas, como já vem sendo hábito, o vice-presidente da AR/deputado/poeta/não sei o quê vem dizer o mesmo que os outros já disseram. Vem fazer de paladino da verdade e da moral, depois de os outros já terem afirmado e evidenciado que eram as medidas necessárias para a melhoria de vida da maioria das famílias portuguesas.
Uma vez mais o vice-presidente da AR/deputado/poeta/não sei o quê vem mostrar que não tem ideias, não possui medidas para revitalizar a economia nacional, no fundo, o que apenas tem são ideias avulsas, maioritariamente copiadas de outras forças políticas, nomeadamente do Partido Comunista Português.
E a comunicação social, a mesma que em Outubro não deu tanto ênfase às várias medidas que o Partido Comunista Português apresentou e que vem apresentando, deu como uma inovação o que o vice-presidente da AR/deputado/poeta/não sei o quê afirmou numa cerimónia de apresentação de um livro e num artigo escrito numa revista que dá pelo nome de OPS!.
Como costumo dizer quando me engano, ops...

Paulo «sopas» Amaral

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