quinta-feira, 16 de julho de 2009

Alberto João Jardim e o fim do Comunismo.

Esta criatura por vezes presenteia-nos com dislates.
Espanta-me, ou não, que ele diga o que lhe apetece, em conferências de imprensa, em inaugurações ou onde lhe aprouver e nada nem ninguém faça ver à criatura que em democracia e ocupando o cargo que ocupa, não se pode dizer certas coisas. Até porque são autênticas barbaridades.
Ao pretender fazer uma revisão da Constituição da República Portuguesa (CRP), com vista a proibir o comunismo na CRP, o senhor quer acabar com o Partido Comunista Português.
E ao acabar com o PCP, a criatura acabaria com o verdadeiro Socialismo, com a verdadeira esquerda, com o único partido político em Portugal que defende uma verdadeira política de esquerda.
O Alberto João Jardim acabaria assim com o único Partido que:
  • defende o trabalho com direitos;
  • defende os trabalhadores, juntando-se à sua luta;
  • que luta contra as desigualdades sociais;
  • defende que sectores estratégicos da nossa sociedade, tais como a GALP, a EDP, a PT e outras, fiquem na alçada do Estado para que os milhões de euros de lucro que estas empresas dão ao fim de cada ano sejam aplicados em benefício do Povo e não para encher os bolsos a uns quantos nababos da nossa sociedade.

Esta criatura tem, ao longo dos anos, demonstrado pouca cultura democrática. Logo, não se lhe pode reconhecer qualquer laivo de pretensão de defesa da Democracia e da CRP a uma pessoa com o estilo dele.

Não esqueço, nem ninguém o deve esquecer, que aquando de uma visita do Presidente da República à Madeira, a criatura disse em frente ao PR e à comunicação social que não iria haver sessão solene de boas vindas ao PR no Parlamento Regional porque, e cito de memória, "aquilo é uma casa de loucos!"

O que dizer deste democrata que pretende proibir o comunismo na CRP?

O que pensar de uma pessoa que afirma que ao proibir o comunismo na CRP, a nossa democracia fica mais pura, mais moderna, quando ele chama casa de loucos à casa da Democracia na região autónoma que ele governa de forma autocrática há tantos anos?

Ao pretender proibir o comunismo na CRP, Alberto João Jardim quererá assim acabar com o PCP, partido que aumentou a sua votação na Madeira e por isso irá continuar a lutar junto dos trabalhadores contra o estilo trauliteiro e autocrático da criatura.

Tenho durante o dia de hoje ouvido e lido vários comentários acerca deste tema.

O que mais me tem chocado é a comparação que fazem do comunismo com o fascismo, chegando ao ponto de se afirmar que o PCP defende ideais totalitaristas.

Onde é que vemos nas teses e no programa do PCP, algo que indicie totalitarismo?

Em parte nenhuma!

Assim, é uma falácia querer desinformar a população ao afirmar coisas deste género.

Não leio em parte alguma das teses e do programa do PCP, qualquer referência a Estaline, mas os fazedores de opinião não o afirmam, pelo contrário, deixam pairar na opinião pública este assunto para que assim possam sempre fazer juízos preconceituosos acerca do PCP.

O Alberto João Jardim, que tem responsabilidades na nossa Democracia pelo cargo que desempenha e no PSD deveria, se vivêssemos num País a sério, ter sido várias vezes reprimido pelas ofensas que tem dirigido a vários agentes da Democracia Portuguesa.

Não podemos esquecer, que foi ele que disse para quem o quisesse ouvir que não permitia chineses na Madeira, e quando lhe fizeram sinal de que estariam presentes pessoas daquela nacionalidade presentes ele afirmou que "ainda bem, é para eles verem que eu não os quero cá...". Palavras para quê.

É também uma afronta a todos os comunistas e democratas que lutaram contra o fascismo existente em Portugal, muitos deles lutando até perderem a própria vida. Para que esta criatura possa, agora, dizer tantos disparates.

Neste ponto, acho que seria de bom tom que tanto o PR como o PM, dissessem uma palavra acerca deste disparate vindo de uma figura com bastantes responsabilidades na nossa sociedade.

Se não o fizerem, é sinal de que pactuam com mais esta forma autocrática de ver a Democracia em que vivemos.

Para terminar gostava de dizer que mais depressa terminará o reinado da criatura à frente dos destinos da Madeira, do que acabará o comunismo e o PCP.

Paulo «sopas» Amaral

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