Será que somos
um Povo descrente?
Sim, acho
que sim!
Embora o
achar não seja certo, penso que os Portugueses são e estão descrentes.
Descrença
naqueles que consideraram como os ícones da sociedade, os governantes que, após
a Revolução do 25 de abril e depois do período contra-revolucionário, tomaram o
poder.
Porque, quer
queiramos quer não, são estes idolatrados
que estão nesta altura na berra pelos piores motivos.
Esta é a
descrença nas criaturas que nos andam a desgovernar de há 38 anos para cá.
Para os mais
incautos, não posso deixar de alertar para o facto de terem sido sempre os
mesmos partidos a trazerem-nos à situação onde estamos.
Porque, o
preço de um Povo conformado é aquele que paga os políticos e os corruptos mais
caros do mundo, e se resigna com a pouca vergonha!
E, será que
devemos estar descrentes e conformados por isto?
Ainda se fala
na descrença que os Portugueses têm em relação à Justiça.
Ok.
Eu também
sou descrente em relação à Justiça.
Porquê?
Porque o que
tenho visto é que a chamada justiça
tem dois pesos e duas medidas para os casos que tem que julgar.
Se não
vejamos. Para os mais poderosos, a Justiça tem duas medidas. Para um caso em
que participa um cidadão vulgar, a justiça
tem apenas um peso…
Tem sido
esta a perceção que um qualquer cidadão que demonstre alguma atenção à coisa
pública tem.
Não vale a
pena os profissionais da Justiça e alguns políticos, virem dizer que não é
assim, que a justiça é igual para
todos, etc. São palavras pífias.
Este caso da
detenção do ex-primeiro ministro, deixa-me também um pouco descrente…
Não se pode
separar a justiça da política, porque
a criatura foi primeiro ministro de Portugal durante seis anos…
Quer se
queira quer não, Sócrates geriu o bem público durante seis anos…
Geriu o meu
dinheiro e o de muitos milhões de Portugueses durante seis anos!
Se de facto
aquilo que se diz é verdade, vou esperar
para saber, não poderei separar a coisa política da coisa justiça?
Isso é o que
alguns pretendem, mas estamos cá nós, aqueles que não estão nem andam distraídos
para dizer que não.
Não separo a
política da justiça!
Paulo
«sopas» Amaral
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