segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Descrença

Será que somos um Povo descrente?
Sim, acho que sim!
Embora o achar não seja certo, penso que os Portugueses são e estão descrentes.
Descrença naqueles que consideraram como os ícones da sociedade, os governantes que, após a Revolução do 25 de abril e depois do período contra-revolucionário, tomaram o poder.
Porque, quer queiramos quer não, são estes idolatrados que estão nesta altura na berra pelos piores motivos.
Esta é a descrença nas criaturas que nos andam a desgovernar de há 38 anos para cá.
Para os mais incautos, não posso deixar de alertar para o facto de terem sido sempre os mesmos partidos a trazerem-nos à situação onde estamos.
Porque, o preço de um Povo conformado é aquele que paga os políticos e os corruptos mais caros do mundo, e se resigna com a pouca vergonha!
E, será que devemos estar descrentes e conformados por isto?
Ainda se fala na descrença que os Portugueses têm em relação à Justiça.
Ok.
Eu também sou descrente em relação à Justiça.
Porquê?
Porque o que tenho visto é que a chamada justiça tem dois pesos e duas medidas para os casos que tem que julgar.
Se não vejamos. Para os mais poderosos, a Justiça tem duas medidas. Para um caso em que participa um cidadão vulgar, a justiça tem apenas um peso…
Tem sido esta a perceção que um qualquer cidadão que demonstre alguma atenção à coisa pública tem.
Não vale a pena os profissionais da Justiça e alguns políticos, virem dizer que não é assim, que a justiça é igual para todos, etc. São palavras pífias.
Este caso da detenção do ex-primeiro ministro, deixa-me também um pouco descrente…
Não se pode separar a justiça da política, porque a criatura foi primeiro ministro de Portugal durante seis anos…
Quer se queira quer não, Sócrates geriu o bem público durante seis anos…
Geriu o meu dinheiro e o de muitos milhões de Portugueses durante seis anos!
Se de facto aquilo que se diz é verdade, vou esperar para saber, não poderei separar a coisa política da coisa justiça?
Isso é o que alguns pretendem, mas estamos cá nós, aqueles que não estão nem andam distraídos para dizer que não.
Não separo a política da justiça!


Paulo «sopas» Amaral

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