sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O estilo Sócrates.

A declaração proferida ontem pelo PM é paradigmática do estilo de José Sócrates.
Nada diz, nada esclarece, veste o fato de vítima até á exaustão e deixa todos que o ouviram a pensar "mas o que é que a criatura quis dizer?".
O PM, porque é dele que se trata, não se trata do Zé Manel dos Anzóis, como uma amiga minha costuma dizer, falou ao telefone com amigos suspeitos acerca de temas que dizem respeito ao País e a todos os Portugueses?
Falou!
Podia fazê-lo?
Claro que não!
Um PM deve-se conter acerca dos assuntos que fala em privado. Não é o referido Zé Manel dos Anzóis, que pode chegar ao café e dizer umas patacoadas em relação ao que lhe aprouver.
O PM foi apanhado a falar com os mesmos amigos acerca de assuntos de Estado.
Sim!
Pode fazê-lo?
Penso que não!
O PM, ao discursar num congresso do PS, fez afirmações pouco abonatórias acerca de uma jornalista e do jornal que ela apresentava numa estação privada?
Fez!
Essa jornalista acabou por sair da televisão privada e o referido serviço noticioso acabou?
Sim!
O PM, numa conversa em off, disse a uma outra pessoa que se encontrava no mesmo restaurante, por sinal ouvido por outros, que o jornalista Mário Crespo era um problema que tinha que ser solucionado?
Disse!
Mário Crespo depois desta conversa viu uma crónica sua censurada num jornal para onde escrevia há muito tempo?
Viu!
O PM, não o Zé Manel dos Anzóis, homem que deve ter uma espinha dorsal muito mais direita do que muitos gestores e administradores de empresas, viu o seu nome metido no meio do caso Freeport, nome que foi referido algumas vezes pelos arguidos no mesmo processo?
Sim, ele foi citado várias vezes por essas pessoas!
Então o que é que se pretende com todo este foguetório?
Faz-me lembrar aquele episódio onde numa marcha militar com 800 tropas, a ordem é esquerdo-direito, esquerdo-direito e há um tropa que faz direito-esquerda, direito-esquerda e a mãe desse rapaz afirma: "coitado do meu filho, é o único que está bem!".

Paulo «sopas» Amaral

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