quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

De novo os economistas

Há economistas com propensão para o mediatismo.
São pessoas que, olvidando as responsabilidades que têm na actual situação do País, vêm para os jornais e televisões dizerem de sua justiça. Qualquer alteração dos índices económicos é pretexto para mais uma declaração ou um artigo de jornal.
Esses artigos e essas declarações têm como único objectivo darem uma visão catastrófica do nosso País, para que as medidas que preconizam possam ser justificadas. Mas nessa visão catastrófica do País esses economistas têm uma grande quota de responsabilidades.
Depois de ter ouvido João Salgueiro na televisão após ter sido recebido pelo Presidente da República, dizer que tinha estado no palácio de Belém para dizer ao PR que o País pode chegar ao ponto a que chegou a Grécia, ou seja quase a bancarrota, achei que estava a ver uma comédia.
Então o senhor não foi ministro das finanças num dos governos de Cavaco Silva?
Então este senhor não foi até há pouco tempo presidente da Associação de Bancos, onde defendia e assinava por baixo as regras que os bancos emanavam onde as suas margens de lucro aumentavam, sempre em detrimento dos clientes?
Este senhor não é o mesmo que sempre defendeu que a banca devia ter elevados lucros, mesmo em contraciclo com a economia?
Porque é que não o ouvimos defender que a banca deveria pagar a taxa real de imposto que está na lei desde 2005 e que nunca foi aplicada? A banca deveria pagar 27,5% de imposto em 2005 e apenas o que pagou foi 11,7% de IRC + derrama. A isto o senhor Salgueiro nada disse.
E este é apenas um caso, pois muitos mais há. Daniel Bessa, Ernâni Lopes, Eduardo Catroga, Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix, etc.
Todos estes, que tiveram responsabilidades governativas na pasta da economia e responsabilidades na actual situação do País fazem agora o papel de omniscientes na área económica, fazendo ver aos mais incautos que a verdade está com eles e que as medidas que eles preconizam irão salvar o País.
É de lamentar a fraca memória das pessoas!

Paulo «sopas» Amaral

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