quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

O Salário Mínimo Nacional

Neste momento discute-se o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) em sede de concertação social.
Não tenho formação em economia, mas sei fazer contas. Se o SMN for aumentado para 600 euros já em 2016, como defendido pela CGTP e pelo PCP, significa que os patrões vão pagar mais 3,16 €/dia por cada trabalhador que receba o SMN.
Mas se o aumento for para os 530 euros como preconizado pelo governo, esse esforço patronal passaria a ser de 0,83 €/dia por cada trabalhador.
Convenhamos que não é por aqui, pelo aumento do SMN, que os patrões deixarão de ter o lucro almejado.
Mais, num estudo recente foi considerado que os custos do trabalho nos gastos de uma empresa ronda os 0,65%...
Assim, é de todo imperioso que as empresas tenham custos de energia mais baixos, até porque o que as empresas pagam de energia vai tudo para os bolsos de privados, muitos deles estrangeiros, para assim poderem ter uma almofada financeira maior para poderem pagar salários condignos.
Ora, posso considerar que a relutância em se aumentar o SMN não passa de uma batalha ideológica, sendo que os patrões têm a sua grande quota parte, mas também o PSD e o CDS ao não aceitarem o aumento do SMN, não ficam bem nesta fotografia, porque tanto uns como os outros, defendem de forma apodíctica os baixos salários e a precarização laboral.
O aumento do SMN é uma exigência incontornável enquanto forma de valorização e de dignificação do trabalho e dos trabalhadores não deixando de ser um instrumento de combate à pobreza e do desenvolvimento económico.

ACORDAI,POVO, ACORDAI!

Paulo «sopas» Amaral

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