sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O OE e os mercados

Quando não havia certezas acerca da aprovação do OE para 2011, para alguns pois para mim a aprovação com voto favorável ou abstenção do PSD estava mais do que certa, os comentadores e opinadores oficiais do regime afirmavam todos os dias e em todas as situações que isso nos prejudicaria perante os mercados.
Foram efectuadas várias tentativas para dramatizar a situação ao máximo. Que o FMI vinha aí, que o BCE iria entrar em Portugal com toda a força, que as taxas de juro não baixariam e iríamos sofrer as consequências como a Grécia e mais recentemente como a Irlanda e que saíriamos todos ainda mais prejudicados, etc, etc, etc.
Teceram loas ao OE e colocaram no topo do mundo o líder do PSD porque ele iria salvar o País com a abstenção do seu partido na votação do OE.
Enfim, balelas e mais balelas!
O que se viu no fim de tudo foi que após a divulgação das medidas preconizadas no OE, as mais duras de sempre para a classe trabalhadora, e após o PSD ter dito que viabilizaria o OE os mercados, seja lá isso o que for, não deixaram Portugal em paz como tanto foi apregoado pelos opinadores e paineleiros do regime.
Agora, dizem os nababos da Europa, os mercados não descansam enquanto não tiverem a certeza que a execução orçamental seja efectuada como está estipulado no OE!
Então em que é que ficamos?
Quando é que estas incertezas dos mercados em relação a Portugal acabam?
Quando é que nós, trabalhadores, que em nada contribuímos para este tipo de situação, podemos ficar descansados e nos permitem alguma qualidade vida?
Eu respondo!
Quando tivermos a força suficiente para mudar completamente de políticas!
Quando conseguirmos colocar Portugal a funcionar como determina a CRP, em que o poder económico tem que estar sujeito às determinações do poder político e não ao contrário!
Quando permitirmos que deixe de haver uma sociedade sem exploradores e sem explorados!

Paulo «sopas» Amaral

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