sexta-feira, 19 de novembro de 2010

NATO,NATO e mais NATO

Desde sempre, a NATO teve como objectivo primordial afirmar o poder do imperialismo, muito particularmente o imperialismo norte-americano.
Inicialmente a NATO tinha como orientação politico/militar o eixo anti-comunista, pois o bloco politico/militar do leste europeu, apelidado de Pacto de Varsóvia, era o grande inimigo do bloco ocidental, a NATO.
Desde a sua fundação a NATO teve como base uma grande presença militar dos EUA. Aliás, a NATO serviu basicamente para fortalecer o poder dos EUA perante a Europa e os restantes países do mundo. Parafraseando um antigo presidente dos EUA, General Eisenhower, fazendo com que várias forças armadas dos países membros participassem na aliança, isso só por si, garantiria lucros fabulosos ao «complexo militar-industrial» dos EUA.
Por aqui podemos constatar qual o interesse dos EUA em manter esta aliança em vigor e cada vez mais activa.
Quer se queira quer não, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, não é mais do que uma ferramenta da dominação política, militar e económica dos EUA e dos interesses globais do capitalismo.
Historicamente, a NATO, servia para defender o ocidente do leste, como já referi.
Mas, como explicar que após a queda do mundo socialista, a NATO deixasse de ter essa vertente e esse carácter defensivo e iniciasse a sua grande cavalgada expansionista em direcção aos antigos países de leste e às fronteiras da ex-URSS?
A explicação só pode ser uma.
A NATO com a alteração do seu conceito estratégico, (em 1999), ultrapassou as fronteiras do seu espaço natural, o «euro-atlantismo», para se projectar como força bélica vocacionada para intervir no plano global.
Existe um dogma em relação à NATO que não pode passar em claro.
A aliança atlântica tem mantido sempre acesa a chama da sua utilidade. Desde a «ameaça comunista», à «defesa da democracia», passando pela «intervenção humanitária» ao já estafado «combate à Al-Qaeda» e ao «terrorismo», é extenso o rol de pretextos que ao longo do tempo se sucederam para justificar o papel belicista da NATO.

Paulo «sopas» Amaral

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