quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Soares e o manifesto

Mário Soares foi o principal signatário de um "estranho" manifesto.
Pede o manifesto que os Portugueses não fiquem em casa amanhã e adiram à greve geral.
Mas diz também uma coisa que considero completamente abstrusa. Diz o manifesto, ou melhor diz a criatura Soares, que tem que ser a esquerda democrática a dar a volta a esta situação.
Gostava de saber qual é a esquerda democrática que Soares preconiza.
Será a esquerda que ele protagonizou enquanto primeiro-ministro?
Será aquela esquerda que governou Portugal nos últimos seis anos e que ajudou a que chegássemos a esta situação?
Ou será que a criatura se está a referir à esquerda caviar que é o bloco de esquerda?
Como sempre, Soares manda as atoardas e depois esconde-se atrás da sua capa de pai fundador da democracia.
Diz também o referido "manifesto Soares" que e cito, “Não podemos assistir impávidos à escalada da anarquia financeira internacional e ao desmantelamento dos estados que colocam em causa a sobrevivência da União Europeia”. Ora quem!
Quem assina por baixo foi quem entregou Portugal ao imperialismo norte-americano.
Quem assinou por baixo este "manifesto" foi quem permitiu que o 25 de Abril deixasse de ser aquilo para que tinha sido criado para passar a ser outra coisa completamente diferente e sempre em desfavor dos trabalhadores.
O que peço ao Dr. Soares é que se reforme. Penso que os Portugueses já estão fartos das suas pantominices. Ora esteve contra o Sócrates, ora está a favor do Passos Coelho, ora é a favor dos mercados, ora considera que eles fazem "obscuros jogos do capital" e que "podem fazer desaparecer a democracia".
Para quem foi denominado, para mim erradamente, de "pai da democracia", penso que chega de fazer tão mal à sua filha.

Paulo «sopas» Amaral

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