terça-feira, 22 de novembro de 2011

Produção e Dignidade

Temos sido vitimas de decisões políticas atentatórias da dignidade e da condição de vida dos cidadãos e dos serviços e apoios sociais.
De há muitos anos para cá!
Temos, também, sido intoxicados pela comunicação social onde proliferam os «opinion makers» do sistema capitalista, com as inevitabilidades das medidas aplicadas draconianamente pelos sucessivos governos. É aquilo a que costumo chamar de "formatação da opinião pública".
Uma das vertentes dessa "formatação" é a baixa produtividade dos Portugueses. Sistematicamente, ouvimos dizer aos nossos governantes e aos «fazedores de opinião» que os Portugueses têm que aumentar os seus níveis de produtividade.
Aqui estamos de acordo.
Agora o que eu questiono é como é que será possível aumentar os niveis de produtividade se o nosso sector produtivo praticamente não existe.E o pouco que existe, de facto trabalha e trabalha bem.
Se esses «fazedores de opinião» se estão a referir aos funcionários públicos, aos trabalhadores do sector do turismo, aos trabalhadores da banca, da bolsa de valores, da TAP, da EDP e da REN, da PT, da GALP e os trabalhadores dos postos de combustíveis, quando referem que temos que aumentar a produtividade então que expliquem como é que esses trabalhadores podem aumentar os seus níveis de produtividade.
Será que os iluminados que apregoam para aumentarmos os níveis de produtividade estão a pensar que no caso dos funcionários públicos se estes arquivarem mais processos esse nível está satisfeito?
Ou os trabalhadores dos postos de combustíveis vêem os seus níveis de produtividade cumpridos se abastecerem 180 carros por dia?
O que estes «arautos do sistema» não dizem nem apontam o dedo é ao facto de termos responsáveis políticos, uns ainda no activo outros nem tanto, que delapidaram todo o nosso sector produtivo em troco de uns quantos milhares de euros.
Terá que ser a esses políticos de «meia tigela» que teremos que exigir responsabilidades na situação a que chegámos, e não áqueles que com trabalho contribuiram e contribuem para o desenvolvimento do País.

Paulo «sopas» Amaral

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