sábado, 20 de maio de 2023
O essencial e o acessório
quarta-feira, 17 de maio de 2023
Esta cidade já não é para os Lisboetas!
Pois não!
A cidade de Lisboa deixou de ser dos e para os Lisboetas.
O turismo em massa que está a acontecer na cidade é extremamente negativo para todos aqueles que escolheram viver e trabalhar na cidade.
Não sou contra o turismo.
Sou contra ESTE turismo.
Tudo o que era edifício de habitação é reconvertido em hotel, hostel ou alojamento local.
Tudo é reconvertido em favor do turismo e para os turistas.
Nada se aprendeu com o que aconteceu quando a COVID-19 nos invadiu...
Quem mora em Lisboa, principalmente no centro de Lisboa, sofre na pele o aumento do custo de vida, exponencial, que está a ocorrer até nas lojas ocupadas por cidadãos da Ásia, levando a que sejamos todos considerados turistas.
São trotinetes e bicicletas a circular nos passeios, onde deviam circular apenas os peões.
Ele é os tuck-tucks estacionados em todo o lado, nas passadeiras para peões, em cima dos passeios e na via pública, além de circularem a 10 à hora e até pararem na via pública para que os turistas possam ver e fotografar uma cidade desorganizada, com lixo fora dos contentores porque estes estão cheios, obras e mais obras, ruas sujas com cócó dos cães...
Aqueles que vêm visitar os bairros históricos, deparam-se com franceses, ingleses, espanhóis, alemães, chineses, japoneses, italianos, brasileiros, etc., etc., etc.
Aquilo que era um cartão de visita no centro de Lisboa, nos Bairros Históricos, os Homens e Mulheres autóctones, deixou de existir.
Minha pobre Cidade de Lisboa!
Meu pobre Bairro de Alfama!
O que vos fizeram.
sexta-feira, 21 de abril de 2023
Trabalhadores versus Gestores
No Expresso da passada semana, foram revelados dados sobre vencimentos dos líderes das empresas cotadas em bolsa que são obscenos.
Então veja-se que, por exemplo, o vencimento do CEO da Jerónimo Martins (JM) dona do Pingo Doce aufere um salário equivalente ao de 186 trabalhadores. CENTO E OITENTA E SEIS!
Em segundo lugar a CEO da Sonae, dona do Continente, que aufere o equivalente ao salário de 82 trabalhadores.
Ou seja, o CEO da Jerónimo Martins aproveita-se de 186 Homens e Mulheres para levar como vencimento 3.720.833 euros/ano...
Estes gestores, quando se trata de resolver as questões das suas empresas, quando estas não dão os lucros que pretendem, a principal razão, dizem eles, é os custos com os trabalhadores e, toca a despedir. Sim, porque tudo é responsabilidade dos salários miseráveis que os trabalhadores auferem. Nunca dos chorudos e obscenos salários dos gestores dessas empresas.
Pelas contas efetuadas pelo Expresso, no ano de 2022 o aumento que os líderes das empresas cotadas em bolsa tiveram em relação ao ano de 2012, foi na ordem dos 47%.
No mesmo período, a média dos salários dos trabalhadores apresenta um redução de 0,7%.
Outro dado que considero importante: o CEO da JM, apenas com as componentes fixa e variável do seu salário, retirado 740 mil euros pagos a título de contribuição para o plano de reforma, que totalizam 3 milhões de euros/ano, contrasta significativamente com os 16.042 euros/anos que ele próprio paga aos seus trabalhadores.
É INDECOROSO!
É REVOLTANTE!