quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A "ajuda".


Faz mais de um ano que Portugal tem sobre si um plano de ajuda, que de ajuda não tem nada, veja-se os juros agiotas que nos estão a ser cobrados, e a receita da troika aceite pelos partidos do arco do governo não melhorou em nada a vida dos portugueses nem a situação económica do país. Pelo contrário.
Aliás o que está a acontecer em Portugal tem muitas similitudes com o que a Grécia passou há cerca de um ano.
É de todo impossível colocar uma economia a crescer quando o setor produtivo de um país não existe. Quando se escolhe o caminho da financeirização da economia, onde o dinheiro cria mais dinheiro sem passar pelo setor produtivo, o que acontece é um definhamento dessa mesma economia, um PIB que cai e um número de desempregados sempre a subir.
Não se pode pretender que a economia cresça, quando os salários não aumentam, quando os impostos diretos e indiretos cada  vez sufocam mais os trabalhadores e quando o número de desempregados aumenta a cada dia que passa e quando o PIB cai a pique conforme comprovam os dados do INE referentes ao 2º trimestre deste ano.
Não é com políticas como as que estão a ser seguidas que se vai criar emprego e pôr a economia a crescer, como dizem estes senhores que nos estão a desgovernar.
É imperioso, e agora já vários setores e comentadores falam nisso, que se renegoceie os prazos e os juros da dívida que não foi criada pelos trabalhadores portugueses, mas sim pelos nababos da nossa sociedade, que, crise após crise do sistema capitalista, eles ficam mais ricos e os pobres mais pobres.
Este governo vangloriou-se de um facto completamente hipócrita ao afirmar que cobrou uma taxa de imposto na ordem dos 7,5% á fuga de capitais para o estrangeiro. Ora para quem trabalha por conta de outrem, o estado cobra em impostos diretos cerca de 43,5% além de todos os outros impostos, como o iva que temos que pagar. Este governo é o Robin dos Bosques mas ao contrário. Rouba aos pobres para dar aos ricos.
Este governo está a alienar a nossa soberania aos interesses agiotas dos mercados financeiros internacionais. Estes mercados, sejam eles o que forem e quem forem, vivem da miséria e da desgraça dos povos...
Olhem para o que se passou e passa na Grécia.
Como dizia a canção do Zeca Afonso, o povo é quem mais ordena.
Por isto sugiro aos portugueses que acordem!

Acordemos!

Paulo «sopas» Amaral

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