Segundo dados oficiais revelados ontem, a receita fiscal, IRS e IRC, baixaram 7 e 8 por cento respectivamente no primeiro semestre deste ano. Estes valores, segundo a mesma entidade, irão fazer com que a receita este ano não atinga os valores previstos no OE.
Não sendo um especialista em economia e finanças, atrevo-me a fazer uma reflexão sobre estes números.
Quanto ao IRC a quebra das receitas fiscais dever-se-ão ao elevado número de falências de pequenas e médias empresas, as maiores contribuintes para este imposto, que tem acontecido durante este ano. Estas falências, algumas fraudulentas é certo, têm sido originadas pelas políticas errónea que este governo tem levado a cabo para sustentar o tecido económico português, não defendendo com medidas de incentivo à produção, os pequenos e médios empresários que querem produzir e dar emprego em Portugal.
Este governo prefere a protecção ao capital financeiro que permite a financeirização da economia que é um estrangulamento das forças produtivas em Portugal.
Por fim, quanto à quebra das receitas do imposto sobre as pessoas singulares, ela é uma consequência das falências das pequenas e médias empresas, pois se estas fecham portas colocam no despedimento milhares de trabalhadores que por conseguinte deixam de contribuir com o imposto sobre o seu trabalho.
Se esta análise não estiver correcta, agradeço que me expliquem porque é que as receitas fiscais referentes ao IRS e IRC têm caído durante este ano.
Paulo «sopas» Amaral
terça-feira, 21 de setembro de 2010
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
A coragem dos Moçambiquanos!
Porque não seguirmos o exemplo dos homens e mulheres que lutam em Moçambique?
Porque razão nós, Portugueses, não temos a coragem que os Moçambiquanos demonstram?
Revoltam-se para defender os seus direitos, e por uma melhor qualidade de vida!
E reparem que não estamos melhores do que eles. A nós também nos arrombam a carteira com aumentos em cima de aumentos.
À semelhança de Moçambique, que viu os bens essenciais aumentarem cerca de 20%, e dou como exemplo a electricidade que foi aumentada quando têm Cahora Bassa a produzir energia em grande escala, nós também fomos aumentados em todos os bens essenciais, incluindo a energia e verificamos que a EDP apresenta milhões de euros de lucro por ano.
É vergonhoso!
E nós, Portugueses, calados, resignados, como se isso fosse uma inevitabilidade!
Paulo «sopas»Amaral
Porque razão nós, Portugueses, não temos a coragem que os Moçambiquanos demonstram?
Revoltam-se para defender os seus direitos, e por uma melhor qualidade de vida!
E reparem que não estamos melhores do que eles. A nós também nos arrombam a carteira com aumentos em cima de aumentos.
À semelhança de Moçambique, que viu os bens essenciais aumentarem cerca de 20%, e dou como exemplo a electricidade que foi aumentada quando têm Cahora Bassa a produzir energia em grande escala, nós também fomos aumentados em todos os bens essenciais, incluindo a energia e verificamos que a EDP apresenta milhões de euros de lucro por ano.
É vergonhoso!
E nós, Portugueses, calados, resignados, como se isso fosse uma inevitabilidade!
Paulo «sopas»Amaral
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quarta-feira, 1 de setembro de 2010
O Estado Social do Sócrates
Ontem fomos contemplados com a notícia que o primeiro ministro (PM) inaugurou uma creche onde as crianças poderão permanecer até à meia noite e meia hora.
Esta creche, que foi anunciada pelo PM como um exemplo do "Estado Social" existente em Portugal, custou alguns milhares de euros e foi paga por um grande grupo económico, o grupo Auchan.
Ficámos a saber, pela inauguração com pompa e circunstância com direito a discurso e tudo, que o paradigma de "Estado Social" que o PM preconiza contempla crianças longe dos pais até altas horas da noite, e mais caricato, que o PM idealiza um "Estado Social" com dinheiros privados. Como diz o povo «com o casaco do meu pai também sou um homem».
Ora, como se sabe, a administração do grupo Auchan não está minimamente preocupada com o bem estar das crianças, nem com o facto de ir arranjar mais 20 postos de trabalho com a nova creche.
O que os administradores do grupo pretendem é a precarização do emprego, é poder ter os trabalhadores mais horas a laborar sem a devida retribuição monetária, e agora até já os filhos dos trabalhadores servem para ajudar a precarizar os postos de trabalho.
Com isto, os patrões cada vez mais põem e dispõem da vida pessoal e familiar dos trabalhadores.
O que o PM fez com aquela inauguração, foi nem mais nem menos que colocar os mecanismos do Código do Trabalho que ele fez aprovar na Assembleia da República, e que não é mais do que um documento que apenas obedece aos interesses das empresas e dos grandes grupos económicos.
Esta creche que permitirá aos filhos dos trabalhadores do grupo Auchan estarem acompanhados de educadoras de infância, será?, apenas é mais um mecanismo para a desregulamentação do horário de trabalho que tem implicações directas na vida pessoal e familiar.
Uma última nota acerca da notícia a que me estou a referir. Quando interpelado pelo jornalista acerca do números do desemprego que o Eurostat divulgou e que colocam Portugal com mais de 600 mil desempregados numa taxa de 11%, o PM pura e simplesmente ignorou a questão. Convém lembrar que em meados de Junho, quando o INE divulgou que a taxa de desemprego tinha caído duas décimas, é verdade, duas décimas, o PM teceu logo loas à sua política de emprego.
Temos uma personagem como PM que fala aos Portugueses quando duas décimas do número de desempregados baixa, mas que quando estamos perante uma crise social como é o facto de existirem mais de 600 mil Portugueses desempregados remete-se ao silêncio. Nem sequer respeita esses Portugueses, que muitas deles até terão votado nele.
Paulo «sopas» Amaral
Esta creche, que foi anunciada pelo PM como um exemplo do "Estado Social" existente em Portugal, custou alguns milhares de euros e foi paga por um grande grupo económico, o grupo Auchan.
Ficámos a saber, pela inauguração com pompa e circunstância com direito a discurso e tudo, que o paradigma de "Estado Social" que o PM preconiza contempla crianças longe dos pais até altas horas da noite, e mais caricato, que o PM idealiza um "Estado Social" com dinheiros privados. Como diz o povo «com o casaco do meu pai também sou um homem».
Ora, como se sabe, a administração do grupo Auchan não está minimamente preocupada com o bem estar das crianças, nem com o facto de ir arranjar mais 20 postos de trabalho com a nova creche.
O que os administradores do grupo pretendem é a precarização do emprego, é poder ter os trabalhadores mais horas a laborar sem a devida retribuição monetária, e agora até já os filhos dos trabalhadores servem para ajudar a precarizar os postos de trabalho.
Com isto, os patrões cada vez mais põem e dispõem da vida pessoal e familiar dos trabalhadores.
O que o PM fez com aquela inauguração, foi nem mais nem menos que colocar os mecanismos do Código do Trabalho que ele fez aprovar na Assembleia da República, e que não é mais do que um documento que apenas obedece aos interesses das empresas e dos grandes grupos económicos.
Esta creche que permitirá aos filhos dos trabalhadores do grupo Auchan estarem acompanhados de educadoras de infância, será?, apenas é mais um mecanismo para a desregulamentação do horário de trabalho que tem implicações directas na vida pessoal e familiar.
Uma última nota acerca da notícia a que me estou a referir. Quando interpelado pelo jornalista acerca do números do desemprego que o Eurostat divulgou e que colocam Portugal com mais de 600 mil desempregados numa taxa de 11%, o PM pura e simplesmente ignorou a questão. Convém lembrar que em meados de Junho, quando o INE divulgou que a taxa de desemprego tinha caído duas décimas, é verdade, duas décimas, o PM teceu logo loas à sua política de emprego.
Temos uma personagem como PM que fala aos Portugueses quando duas décimas do número de desempregados baixa, mas que quando estamos perante uma crise social como é o facto de existirem mais de 600 mil Portugueses desempregados remete-se ao silêncio. Nem sequer respeita esses Portugueses, que muitas deles até terão votado nele.
Paulo «sopas» Amaral
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