domingo, 27 de novembro de 2016

Hasta La Vitoria, Siempre!

Há sensivelmente 5 anos, mais concretamente em 9 de novembro de 2009 escrevi aqui um texto sobre o bloqueio económico e comercial a Cuba.
Numa parte desse texto, escrevi:

"A forma como Cuba tem sabido resistir e em certos casos superado, o bloqueio de que tem sido vítima representa uma das mais brilhantes páginas de resistência da parte de um Povo que abnegadamente tem lutado pela sua independência, pelos seus direitos e pelas suas opções. Porque quer se queira quer não, este é um bloqueio político e ideológico que demonstra o ódio e a intolerância de classe contra um poder revolucionário que ousou afirmar e defender a soberania e dignidade nacionais, como também assumir o objectivo do Socialismo.
E aqui convém lembrar aos mais incautos ou distraídos, o que tem sucedido a Cuba e ao seu Povo nestes 50 anos em que têm sido vítimas de um bloqueio a todos os níveis desumanos. Para os que pensavam que com a eleição de Barack Obama, o último galardoado com o prémio Nobel da Paz(?), a política dos EUA para com Cuba se alteraria, ficaram decepcionados. Nada mudou. O bloqueio comercial, económico e financeiro a Cuba, mantém-se inalterado.
O bloqueio a Cuba é absurdo, provoca escassez e sofrimento. Viola sistematicamente os direitos humanos. É eticamente inaceitável. É um crime. Digo mais, é um acto arrogante e praticado por ignorantes."

Chegados a 27 de novembro de 2016, e com a morte de Fidel Castro, não resisto em escrever mais umas quantas coisas acerca de Cuba dos Cubanos e de Fidel Castro. Já agora dos americanos, também.
Fidel tirou os Cubanos do analfabetismo. Deu-lhes escolas e educação.
Fidel deu aos Cubanos uma das mais avançadas saúdes do mundo. Não é por acaso que muitos países de todo o mundo recorrem aos médicos cubanos e até às infraestruturas de saúde em Cuba para tratar os seus cidadãos.
Fidel conseguiu, mesmo com o embargo, que os seus cidadãos tivessem uma vida condigna. Repito, mesmo sendo alvo de um embargo económico e comercial que retirou ao Povo Cubano os mais elementares bens que se possa imaginar, como medicamentos por exemplo.
Chamar tirano e ditador a um Chefe de Estado como Fidel não é correto.
Chamar tirano a Fidel quando ele "exportava" médicos e cuidados de saúde para vários pontos do globo, é um exagero.
Chamar ditador a Fidel quando ele apenas e só, quis defender a sua Pátria da invasão do imperialismo norte americano é errado.
Pátria ou Muerte!, Clamava Fidel Castro.
Então, o que chamar a quem perpetrou esse embargo desumano?
O que chamar a quem reiteradamente, não cumpre com as decisões sucessivas de colocar fim ao bloqueio que as votações das Nações Unidas têm decretado ao longo destes anos? A última votação favorável ao fim do embargo a Cuba não foi assim há tanto tempo...
Qual o nome que se deve dar a quem manda invadir Países sob o pretexto de que ali não existe democracia, ou melhor dizendo, não existe a democracia que eles pretendem?
O que chamar àqueles que fazem a guerra em vários pontos do globo, apenas e só por objetivos económicos e financeiros , leia-se petróleo?
O que são aqueles que sob o pretexto de existência de armas químicas, que afinal não havia?, invadiram um país soberano matando milhares de civis?
Que nome se deve atribuir àqueles que mandam as outras nações não construir muros ou destruí-los, quando depois têm um muro e pretendem aumentá-lo que separa o seu país de outro?
Hasta La Vitória Siempre!

Paulo «sopas» A

sábado, 19 de novembro de 2016

Crise das democracias?

Tenho lido e ouvido diversos comentadores, com opiniões "assustadas" sobre o (re)nascimento de movimentos extremistas, ultra-nacionalistas, populistas, concluindo esses fazedores de opinião que a culpa é da democracia que está em crise e que o Povo quando vota, prefere o desconhecido ao que estava instalado.
Mas o que não tenho lido nem ouvido desses mesmos opinadores "assustados" é que esses movimentos nascem e por vezes chegam ao poder porque o sistema capitalista cria crises sistémicas em que após essas mesmas crises os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres.
Que o sistema capitalista cria desemprego para poder depois "comprar" mão de obra barata para que os seus lucros sejam cada vez maiores.
Que o sistema capitalista prefere a financeirização da economia, onde o dinheiro cria dinheiro sem passar pelos meios de produção.
E assim temos os condimentos todos para que (re)nasçam esses movimentos, que tanto "assustam" aqueles que, paradoxalmente, estão instalados no sistema que os cria!

ACORDAI POVO, ACORDAI!

Paulo «sopas» Amaral