sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Outra vez - parte II

Em continuação do meu anterior texto, de notar que entidades estrangeiras chegam à conclusão de que nada do que foi escrito é inventado ou ficcionado.
Uma instituição inglesa, a Oxfam, (wikipedia.org/wiki/Oxfam), citando o Credit Suisse afirma que a riqueza dos 1% mais ricos é superior aos restantes 99% da população mundial...
Mas ainda existe mais.
Em 2015, ainda segundo a Oxfam, existiam 62 indivíduos possuem a mesma riqueza que 3,6 mil milhões de pessoas.
O mesmo estudo da Oxfam indica que desde 2010 a riqueza destes 62 indivíduos aumentou 44% enquanto que para os outro 3,6 mil milhões mais pobres houve uma quebra de 41%...
Para quem, como os nossos governantes, afirmaram de forma clara e convincente que os sacrifícios seriam distribuídos de forma igual para todos, temos aqui o que desmente de forma apodictica esse dogma.
O que também sabemos, todos mas ainda há quem queira olvidar essa realidade, é que os grandes bancos pagam uma "ninharia" de impostos perante os colossais lucros que obtêm.
O que é de ter em conta é que se voltar a acontecer em 2016 o mesmo que aconteceu em 2007/2008, uma crise financeira e económica, isso irá agravar todas as contradições do sistema que nos (des)governa.
Uma nova vaga de austeridade virá aí. E, como em todas as situações idênticas, isso virar-se-á contra os trabalhadores e o povo.
E,como em todas as outras situações, será uma "mina" para os mais ricos do planeta.
Este tipo de situações nada tem a ver com a Democracia!

Paulo «sopas» Amaral

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Outra vez!

Aí estão de novo as opiniões/sugestões dos técnicos da troika.
Aqueles que, em variadíssimas previsões, não acertaram uma...
Todos devem estar lembrados das críticas de reputados economistas mundiais, entre eles alguns do FMI, afirmando que as medidas impostas aos países sob ajuda financeira tinham sido mal medidas, muitas delas não tendo em conta a verdadeira realidade económica e social de cada um deles originando mais desigualdade depois de tanta austeridade em cima de quem trabalha.
Mas, não contentes com o que fizeram ao Povo Português e, perante medidas apresentadas que tentam devolver alguns dos roubos que nos últimos quatro anos os trabalhadores portugueses foram vítimas, eles aí estão a discorrer larga e profusamente as convicções que antes nos conduziram à atual situação. Inclusivamente, segundo a comunicação social, os mesmos técnicos sugerem o aumento das medidas de austeridade que ainda vigoram...
Ora, o que deve acontecer no meu ponto de vista é que as instituições europeias ao afirmar este tipo de coisas, devem alicerçar os números que propõe com factos e, mais apropriadamente, com a realidade.
Porque o que ainda acontece ao fim de tantos anos de crise económica e financeira é que a economia não arranca de forma sustentada e as finanças continuam atoladas em fundos especulativos e ativos tóxicos, em que a autonomização dos fluxos financeiros, onde se transforma dinheiro em mais dinheiro, com o desenvolvimento de processos especulativos sem passar pela atividade produtiva  tem sido a principal resposta do sistema capitalista para a crise estrutural.
Mas ao não conseguir obter as taxas médias de lucro que esperava o sistema, levou a que se transferisse as mais valias geradas para a esfera da especulação financeira em detrimento do investimento produtivo.
Mais.
Ao fim destes anos de crise, o que aconteceu foi a fabulosa concentração de riqueza e enormíssimas desigualdades e injustiças sociais.
Ou seja, após cada crise que o sistema capitalista gera, os pobres ficam mais pobres e os ricos ficam mais ricos!

Paulo «sopas» Amaral

domingo, 24 de janeiro de 2016

De plástico.

Tenho que ser sincero em relação a estas eleições presidenciais...
Se dúvidas existiam em relação ao poder da comunicação social, eu nunca tive dúvidas em relação a isso, em promover, divulgar, promover e eleger uma candidatura essa dúvida desvanece-se nesta eleição.
É de uma tremenda hipocrisia considerar que Marcelo Rebelo de Sousa fez uma campanha eleitoral virgem de apoios partidários.
É de uma tremenda insensatez considerar que o "comentador do regime" tenha tido uma campanha pouco dispendiosa, pois quem esteve cerca de quinze anos a falar em "prime-time" num canal de televisão generalista não deve necessitar de fazer campanha eleitoral nem sequer ter cartazes nas ruas...
Se existe campanha eleitoral em que a comunicação social trabalhou bem, foi nesta!
A comunicação social fabricou, promoveu e elegeu o Marcelo Rebelo de Sousa como o próximo presidente da república.
Como fabricou e fabrica outros resultados.Veja-se a forma como tratou as diferentes candidaturas nestas eleições...
Veja-se...
Veja-se como as candidaturas, em TODAS as eleições, são tratadas na comunicação social.

Preste-se atenção!

Não aceito que Marcelo venha agora dizer que irá ser o presidente de todos os portugueses...
De mim, ele não será o presidente!
Teve o apoio do PSD e do CDS, que tanto mal fizeram aos Portugueses nestes últimos 4 anos.
Por muito que a comunicação social tenha defendido que Marcelo era um candidato independente, o apoio inequívoco ao PSD e CDS na campanha eleitoral, como todos os comentários que o putativo candidato/presidente da república teve ao longo destes anos, onde ao domingo criticava o governo mas durante a semana em campanhas eleitorais apoiava o que antes criticava, demonstra bem o tipo de PR que iremos ter nestes próximos anos.
Mas o que digo sobre a candidatura do Marcelo, aplica-se de forma apodíctica em relação a outras candidaturas que demonstra bem aquilo que tenho afirmado há muito tempo.
Marcelo será um presidente de plástico.
Um Presidente que defenderá uma ideologia e não a Constituição da República Portuguesa!

ACORDAI, POVO, ACORDAI!

Paulo «sopas» Amaral