segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A evidência.

A realidade aí está a demonstrar o irrevogável, o verdadeiro, aquilo que é imutável, não o "irrevogável" do Paulo Portas.
O capitalismo não só é incapaz de dar solução aos problemas das pessoas, como tende a  agravá-los, tornando mais evidente a sua natureza exploradora, opressora, predadora e agressiva.
O capitalismo, coloca assim, em evidência as suas insanáveis contradições...
E, para mim, isto está por demais evidente, em relação à constituição do "novo" governo saído das eleições de 4 de outubro.
Já aqui disse que quem deve ser chamado a formar governo deve ser essa dupla que nos roubou durante quatro anos e que até foi além do programa da troika...
Já aqui disse que quem deve ser governo devem ser os Coelhos e os Portas deste País.
Mesmo em minora!
Porque já não tenho paciência para estes jogos florestais de Coelhos, Portas e Costas.
Embora se diga que as eleições legislativas sejam para escolher um primeiro ministro, todos sabemos que uma mentira dita muitas vezes se torna a maior das verdades!
Porque o que as eleições legislativas determinam, é a constituição da Assembleia da República. É o preenchimento dos 230 lugares existentes na Casa da Democracia. A partir daí, da constituição dos 230 lugares de deputados da Nação, é que deve ser nomeado o primeiro ministro! Por uma questão simples e de coerência, também do PR, que sempre defendeu uma maioria parlamentar para governar, ainda para mais em situação tão dificil.
É constitucional e moralmente legítimo que PS, a CDU e o BE pretendam formar uma maioria parlamentar e permitam ao PS formar governo com ou sem a participação da CDU e do BE.
Mas, como já disse, também é constitucionalmente legítimo que este PR dê posse a Passos Coelho como primeiro ministro. Por muito que custe a um Homem de esquerda...

Paulo «sopas» Amaral

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Medo, tenham muito medo...

É o que me apraz dizer de todos os comentários que tenho lido e ouvido acerca desta situação da constituição, ou não, do novo governo.
É o que demonstram aqueles que estão sentados nas cadeiras do poder e que a todo custo pretendem manter.
É o que demonstram aqueles que após quatro anos de manigâncias e de roubos, pretendiam continuar as mesmas políticas.
Como afirmei no meu anterior blogue, o PSD ganhou as eleições.
Por isso deve ser convidado a formar governo. Assim, sem ter a maioria no parlamento. Não pode andar a pretender ter aquilo que os Portugueses não lhe deram. Pelo contrário, até retiraram à coligação 700 mil votos e a maioria absoluta.
Agora, também como disse no mesmo blogue, o PR deve ser coerente com o que tem andado a dizer e dar posse a um governo com maioria parlamentar.
Seja essa maioria de direita, de "centro" ou de esquerda.

Paulo «sopas» Amaral

Pordata

Diz um estudo da Pordata, publicado no seu site que, comparando o ano de 1974 com 2014, e descontando o efeito da inflação, as pessoas que recebem o salário mínimo ou os beneficiários das pensões mínimas de velhice e invalidez do regime geral da Segurança Social recebem praticamente o mesmo.
E ainda dizem que Portugal está melhor ao fim de quatro anos de políticas assentes em roubo de salários, de pensões e de benefícios sociais.

ACORDAI, POVO, ACORDAI!

Paulo «sopas» Amaral

O drama,a tragédia, o horror...

Nestes últimos dias recordei-me do Artur Albarran.
Na década de 90 do século passado, este jornalista terminava invariavelmente as suas reportagens com esta frase: "O drama, a tragédia, o horror".
E recordei esta frase depois de ler e ouvir a panóplia de "comentadores" e "opinadores" sobre a possibilidade de Portugal vir a ter um governo apoiado pelos partidos de esquerda.
Segundo estes "comentadores" e "opinadores" ter um governo do PS apoiado pelo Partido Comunista Português e pelo Bloco de Esquerda seria, para Portugal, um drama, uma tragédia e um horror.
Tenho que ser honesto.
Quem teve o maior número de votos foi a coligação PSD/CDS onde, se formos a ver bem os resultados, o CDS foi completamente absorvido pelo PSD.
Por outro lado, e segundo palavras do PR, este só estaria disposto a convidar para primeiro ministro aquele que conseguisse dar estabilidade parlamentar a esse mesmo governo.
Mas, continuando a ser honesto, reparo que seguindo a douta opinião do PR, penso, fundamentada na Constituição da República Portuguesa, este terá que levar a cabo a constituição de um governo com maioria parlamentar, seja ela de direita ou de esquerda.
Porque, os adjetivos enunciados no título deste texto, e parece-me que levados à letra pelos "comentadores", "opinadores" que nos intoxicam nas televisões, rádios e nos jornais não devem ser levados a sério neste paradigma. Explico porquê.
O drama foi termos tido nestes últimos quatro anos um retrocesso civilizacional, onde emigraram nestes últimos anos cerca de 500 mil portugueses e todos eles com nível de educação elevado, ao contrário do "boom" emigratório dos anos 60 do século XX, onde os menos preparados é que emigravam.
A tragédia, tem a ver com o aumento de desempregados, a diminuição do emprego, a precariedade no trabalho, a facilidade com que se despede, ver o relatório da OCDE publicado hoje, os baixos salários e a pobreza inerente a esses mesmos baixos salários.
O horror, deve ser tido em conta quando pensarmos que poderemos estar sujeitos a mais quatro anos da mesma política, de direita, que nos trouxe até aqui...
A economia definha...
O emprego é precário...
Os salários são baixos...
Trabalhamos mais horas do que os outros países...
O desemprego de longa duração está muito acima da média europeia...
Os impostos que pagamos são mais elevados...
O rendimento das famílias desceu 8,9%...
O Povo vive pior!
Veja-se o relatório da OCDE, publicado hoje nos órgãos de comunicação social.
A isto é que eu digo, o drama, a tragédia, o horror. Não a um suposto governo apoiado pela esquerda.
Contra o estigma de sermos governados pela Esquerda, devemos lutar!

ACORDAI, POVO, ACORDAI!

Paulo «sopas» Amaral


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Refugiados, a ignomínia!

Para os que me conhecem verdadeiramente, esta minha opinião pode parecer paradoxal.
Mas, garanto que não é!
Tenho lido, ouvido e visto em todos os meios de comunicação social, iniciativas dos mais variados quadrantes da sociedade europeia vocacionados para o apoio aos "refugiados" que de uma forma ou de outra tentam chegar à Europa.
Tenho lido, ouvido e visto, que alguns quadrantes da sociedade portuguesa estão imbuídos do espírito de "ajuda" aos refugiados que por todos os meios tentam chegar à Europa, fugindo de guerras fomentadas pelo imperialismo norte-americano e por questões étnico-religiosas em que nós não nos deveríamos meter.
Verifico, estupefacto, que existem cidadãos portugueses que fazem milhares de quilómetros para levar a esses refugiados roupa, comida, medicamentos e mais uma panóplia de material que fazem falta a essas pessoas...
Verifico, também e ainda mais estupefacto, que alguns desses cidadãos portugueses se disponibilizam para albergar em suas casas, refugiados vindos dos mais diversos países em conflito, sem sequer pensarem que existem requisitos que qualquer país, até Portugal, tem que cumprir no âmbito da UE.
Verifico, ainda, e cada vez mais estupefacto, que existem juntas de freguesia, mais concretamente a junta de freguesia de Benfica, que se disponibiliza para oferecer, desculpem queria dizer DAR a essa panóplia de refugiados, casa, educação, ajuda na procura de trabalho, acesso à saúde...
No nosso País não há necessidade de chamar-mos refugiados a quem passa fome, a quem não tem dinheiro para ir à farmácia comprar medicamentos pois isso implicaria não comer e depois temos o ditado antigo que diz "não se morre da doença morre-se da cura", no nosso País existem cidadão Portugueses que cada vez mais recorrem aos caixotes de lixo das grandes superfícies comerciais ao final do dia, para recolherem aquilo que para uns não presta mas que, para esses Portugueses, pode ser a única refeição que fazem em 24 horas.
No nosso País não se chama refugiados àqueles pais e mães que trabalham e que no final do mês têm que pagar renda de casa para viverem condignamente como afirma a Constituição da República Portuguesa, comida, saúde e educação dos seus filhos.
A estes concidadãos, não vejo tanta disponibilidade nem tanta verborreia a favor dos que cá estão e passam mal. Verdadeiramente mal!
Não convido ninguém para vir jantar a minha casa um pitéu, quando não consigo dar de comer à minha família!

ACORDAI, POVO, ACORDAI!

Paulo «sopas» Amaral

domingo, 11 de outubro de 2015

Pensamento

Pensamento

"On matters of style, swim with the current, on matters of principle, stand like a rock."

"Em questões de estilo nada ao sabor da corrente, em questões de princípios ficar como uma rocha."
Thomas Jefferson


Paulo «sopas» Amaral

domingo, 4 de outubro de 2015

Apontamentos.

Votei cedo!
Por obrigação profissional da minha mulher.
Mais cedo do que costumo fazer, mas mais tarde do que o Paulo Portas e o Ricardo Salgado fizeram...
Bom, estes não são exemplo.
De qualquer forma quero deixar alguns apontamentos.
Primeiro.
O presidente da república disse hoje nos telejornais da hora do almoço que já tem tudo definido e que sabe muito bem o que vai fazer após os resultados destas eleições.
Bom, tudo bem. Se assim é, porque razão o senhor não vai às comemorações do 5 de Outubro?
A resposta a igual pergunta efectuada por uma jornalista é que os antecessores, e ele próprio, nunca foram às comemorações do 5 de Outubro em tempo eleitoral...
Mas, que se saiba o tempo eleitoral acabou ou na sexta-feira às 24 horas ou depois das urnas fecharem hoje às 19 horas, 20 horas nos Açores.
Não é isto que se espera de um verdadeiro CHEFE DE ESTADO.
O outro apontamento que não posso deixar de relevar é o caso Sócrates.
Quem me conhece, e são alguns, sabem que não nutro nenhuma simpatia política nem pessoal com a criatura.
Mas, não posso deixar de reconhecer que ele é um verdadeiro "animal político".
Porquê?
Porque escolheu as 13 horas e 20 minutos para ir votar, sem escolta policial convém referir, em plena hora dos telejornais da hora do almoço, em dia de eleições...
Voltando ao início deste meu blogue.
Votei cedo e votei bem!
Mas acima de tudo, exerci um direito que me foi consagrado depois de muitos anos de ditadura!

Paulo «sopas» Amaral