terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O desemprego

Em Portugal dificilmente existirá alguém que não sofra com o flagelo do desemprego.
Seguramente conhecerá um amigo ou terá um familiar nessa situação, ou então conhece alguém que tem um amigo ou familiar que se encontra desempregado.
É um autêntico flagelo!
O que se assiste na nossa sociedade é uma profunda indiferença a este flagelo e à dramática situação social que atinge milhões de portugueses. E aqui incluo este governo, bem como os dos últimos trinta anos.
Neste momento de "troika", onde somos invadidos pelo falso argumento de "sacrificios para todos" e onde se fala de crise a toda a hora e a todo o instante, estes argumentos mais não são do que o reforçar dos mecanismos para a exploração dos tabalhadores. E, em contraponto, assegura-se aos grupos económicos uma acumulação de mais valias e riqueza brutais.
Quer se queira quer não, esta é uma das condições do capitalismo: a criação de desemprego para que o grande patronato consiga enriquecer com  exploração da força de trabalho.
Depois disto, temos o ciclo infernal da chantagem sobre os que ainda têm emprego e sobre aqueles que o procuram. Chegados aqui, obriga-se uns e outros a aceitarem empregos menos qualifiados, a trabalharem mais horas e a terem menos direitos e pior remuneração.
Pode-se concluir que o aumento do desemprego bem como as suas consequências dramáticas para a vida dos trabalhadores é, indubitavelmente, a prova do fracasso do sistema capitalista e das politicas que dele emergem.
Já digo isto há muito tempo. Há tempo suficiente para que possa dizer que está na altura dos Portugueses acordarem.
Concordo que se faça uma revolução.
Comecemos pela revolução das mentalidades.
Eu já faço a minha parte!

Paulo "sopas" Amaral

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Ainda as palavras do MDN

Não pode o Ministro da Defesa Nacional (MDN esquecer que aos militares são exigidas condições que a mais nenhum cidadão se pede.
Desde logo é exigido aos militares disponibilidade total, dizendo a legislação que nos rege que ao militar se exige "permanente disponibilidade para lutar em defesa da Pátria, se necessário com o sacrifício da própria vida". E esta disponibilidade também é exigida no serviço do dia-a-dia "mesmo com sacrifício dos interesses pessoais".
O que o MDN não pode olvidar é que outra das exigências da vida militar passa por estarmos sempre sujeitos aos riscos inerentes ao cumprimento de missões militares, bem como termos de estar sempre disponíveis para a formação, instrução e treino que as mesmas missões exigem quer estejamos em tempo de paz ou de guerra.
O que diferencia também, e de forma apodictica, a função militar de qualquer outra, é que a condição militar implica a "restrição, constitucionalmente prevista, do exercício de alguns direitos e liberdades", consagrados aos restantes cidadãos.
por muito que custe ao MDN e ao governo de que ele faz parte, os militares não irão emigrar.
Os militares manter-se-ão na sua Pátria, defendendo o seu Povo, do qual emanam, e mantendo este País com 900 anos independente.
CUSTE O QUE CUSTAR!

Paulo «sopas» Amaral

domingo, 5 de fevereiro de 2012

A culpa!

O capitalismo está instalado na sociedade.
Para mal dos nossos pecados, digo eu!
Baseado num sistema neo-feudal, pode-se mesmo dizer que ao feudalismo sucedeu o capitalismo, este divide os homens em burguesia (no sistema feudal senhores) e trabalhadores (os servos no feudalismo), onde predominam as relaçōes servis, relaçōes de exploração e dependência.
Muitos dos opinadores de serviço ao sistema, dizem que o capitalismo é o único capaz de tornar o mundo mais igual...
Os mesmos afirmam que o sistema capitalista melhorou a vida a muitos milhões de pessoas. Mas, ao mesmo tempo, piorou a vida a muitos mais milhōes. Podemos constatar isto mesmo quando cada vez existem mais desigualdades sociais e estas são mais visiveis e significaivas nos países ditos capitalistas.
A crise actual, que teve o seu inicio nos EUA em 2008 é preciso não esquecer, mas que em Portugal já tem cerca de 36 anos, é demonstrativa que o capitalismo cria crises sistemáticas e sempre a nível global. Uma crise marcada pela recessão económica mundial, por quebras acentuadas da produção e consumo, por tendências inflacionárias e pelo rápido aumento do desemprego.
A situação actual exige a canalização de fundos públicos para o apoio social aos trabalhadores e aos outros sectores da economia afectados pela crise que não foram eles que criaram, e também o reforço das funções sociais do Estado.
Mas, o que temos vindo a assistir é a politicas que insistem nos apoios ao sector financeiro. Na canalização do investimento público para o financiamento dos grandes grupos económicos e financeiros, colocando sempre o ónus desta crise em quem menos tem e menos pode. Os pequenos e médios empresáros e os trabalhadores.
Demonstrativo do que acabo de afirmar é o facto de nos processos de reestruturação dos grandes grupos económicos, estes empurram para o desemprego milhōes de trabalhadores a nível global, como se fosse isto a panaceia para a crise, aumentando com isso as desigualdades sociais.
Mesmo recebendo milhões de euros de apoios estatais, muitas empresas denotam grande insensibilidade moral perante a crise ao colocarem no desemprego milhōes de trabalhadores.
Tem sido apanágio dos diversos governos, tanto em Portugal como por esse mundo fora, colocarem a culpa de tudo isto em cima dos trabalhadores.
Todas as medidas restritivas e de austeridade levadas a cabo por esses nababos, atacam ferozmente a classe trabalhadora em todo o mundo, como se fossem estes, de facto os culpados pela situação a que chegámos.
Nunca foi dado o devido enfoque ao que o sector financeiro fez para que a crise se instalasse de "armas e bagagens" a nivel mundial.
A financeirização da economia é uma das vertentes mais demolidoras das crises económicas.
A autonomização dos fluxos financeiros, onde se transforma dinheiro em mais dinheiro, como o desenvolvimento de processos especulativos sem passar pela actividade produtiva tem sido a principal resposta do sistema capitalista para a crise estruturante.
Como não conseguiam obter taxas médias de lucro esperadas, os nababos dos capitalistas fizeram transferir as mais valias geradas para a esfera da especulação financeira em detrimento do investimento produtivo.
Por isso, posso afirmar que as recorrentes crises financeiras são a consequência da progressiva financeirização da economia e do dominio do capital financeiro.
Muitas das instituiçōes que nasceram e floresceram fruto do sistema capitalista foram salvas, e algumas delas estão a sê-lo neste momento,  pelos governos dos seus paises a quem tantas vezes diabolizaram e a quem impuseram que não interferissem nos mercados.
Por outro lado, há quem afirme que num mercado livre existe competição e concorrência entre todos os integrantes do sistema, e quando algum individuo recebe em troca do trabalho menos do que produz, facilmente poderá migrar para outro empregador.
Só que na actual conjuntura esta é uma ideia francamente falsa, pois tendo o desemprego atingido numeros tão elevados com aqueles que nos chegam pelas instâncias internacionais, com a falência, algumas fraudulentas, de inúmeras empresas cada vez é mais dificil um trabalhador sair de um emprego e entrar noutro sem antes passar por um largo periodo de inactividade.
Aqui reside outra das grandes contradiçōes, fraquezas e vulerabilidades do sistema capitalista.
Segundo uns quantos arautos do sistema capitalista, a eliminação da pobreza é um dos paradigmas do capitalismo. Vou tentar desmistificar este devir.
O capitalismo produz riqueza mas não a divide.
O capitalismo produz lucros mas esses lucros não são mais do que o valor criado pela força do trabalho, à qual não se dá o devido valor.
Por isso constato que grandes empresas de sectores estratégicos que foram privatizadas, como a EDP, a GALP, a PT, a Brisa, tenham milhōes de euros de lucro por ano e os bens que essas empresas fornecem à população são cada vez mais caros.
O que é que seria se esses milhōes fossem canalizados para o SNS, para o sistema educativo ou para a habitação, direitos inalienáveis e consagrados na Constituição da República Portuguesa?
Aproveito para responder: viveriamos melhor!
Por isso, para quem diz que o capitalismo é a panaceia para os nossos problemas, eu respondo que não.
Não é isto que preconizo para o futuro da minha filha!

Paulo "sopas" Amaral

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Sobre o que disse o ministro da Defesa

O que disse o ministro da Defesa pode ser considerado grave.
Desde logo porque considero que pode causar constrangimentos na acção das associações socio-profissionais de militares. Não só nos seus dirigentes como na massa de camaradas que se podem "esconder" atrás de medos antigos.
Diz S. Ex. o Ministro da Defesa que aos militares o que é dos militares e à politica o que é da politica. Pois bem sr. ministro, mas o que S. Ex. não pode esquecer é que os militares, bem como o povo do qual eles emanam, sentem na pele as politicas de austeridade que o governo do qual o sr. ministro da Defesa faz parte, tem levado a cabo. Politicas que empobrecem o povo Português e por consequência os militares, e da qual grande parte dos Portugueses estão contra.
Os militares têem sido ao longo dos tempos chamados a contribuir para amenizar as diversas crises que os politicos que nos têem governado conduziram o País. Nunca se negaram a fazê-lo. Nem seria curial.
Devia o ministro da Defesa saber que a politica é a vida...
Politica é o preço do pão, do peixe, da carne, do leite...
Por isso, devem todos os politicos com tiques de autoritarismo saber que aos militares não pode nem deve ser proibido falarmos da vida.
Devem também saber que ser apartidário, que por dever de obrigação para com o EMFAR os militares têem que ser, é diferente de ser apolitico.
Devem ser os militares apartidários mas não têem que ser apoliticos!
Os militares juraram defender a Constituição da República Portuguesa, juraram defender a Pátria, se necessário com o sacrificio da própria vida.
É este valor que deve estar sempre presente na mente de alguns politicos e fazedores de opinião quando se referirem à familia militar.


Paulo "sopas" Amaral