terça-feira, 19 de julho de 2011

A "ajuda" a Portugal

O presidente do FEEF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira), afirmou à dias que «o resgate da divida de Portugal e da Irlanda têm sido um bom negócio para os países que lhes concederam garantias».
Disse também Klaus Regling que «até agora só houve ganhos para os alemães porque os juros pagos por Portugal e pela Irlanda ficaram acima dos refinanciamentos que a Alemanha fez e que a diferença reverte a favor do orçamento alemão».
Mais palavras para quê?
Temos aqui explicado por um dos maiores intervenientes no sistema, que a "ajuda" que a troika interna constituída pelo PS, PSD e CDS assinou com a troika externa (FMI, UE e BCE) de ajuda não tem nada, outrossim, é mais uma forma de encher os cofres dos mais poderosos em claro prejuízo dos mais fracos.
É duro ler este tipo de afirmações. É penoso para quem trabalha, ler e ouvir que o dinheiro que emprestaram a Portugal serve para encher os cofres de países como a Alemanha, e os bolsos dos especuladores financeiros que se servem da vida de milhões de pessoas em todo o mundo para enriquecerem!
O mais espantoso, ou não, é que os responsáveis políticos cá do burgo, ouvem este tipo dizer o que disse numa entrevista a um jornal alemão, e ficam mudos...
Neste momento, já existem fazedores de opinião em Portugal, daqueles encartados pelos sucessivos governos e que sempre deram uma mãozinha a quem está no poder, a dizer que a Alemanha devia sair do euro e que até não havia mal nenhum se Portugal renegociasse a sua dívida.
Nada disto é novidade. Apenas foi dito por quem não tem acesso aos meios de comunicação social. Tudo isto foi dito pelo PCP, que quando o afirmou não teve a repercussão na comunicação social como o têm os senhores que sistematicamente omitem opinião.
Paulo «sopas» Amaral