sexta-feira, 21 de maio de 2010

Eu estive lá!

Eu estive no comício que o PCP realizou ontem na Voz do Operário.
Eu vi e ouvi. Vi um salão cheio de homens e mulheres com ganas para dar a volta a esta situação, e ouvi o Secretário-geral do PCP desfiar um rol de medidas para que os Portugueses possam viver melhor, para a defesa dos postos de trabalho, para emprego com direitos, para se irradiar de vez com a precariedade no mercado do trabalho, para combater verdadeiramente o desemprego, enfim para que possamos viver numa sociedade mais justa, sem a exploração do homem pelo homem, ou seja, sem capitalismo esse sistema cego que não olha a meios para obter os seus fins e que cria crises sistémicas e que depois de resolvidas com o esforço e empenho dos mesmos de sempre, os trabalhadores, os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres.
Eu vi homens e mulheres que enchendo o salão da Voz do Operário, muitos deles estavam fora do salão ouvindo apenas o discurso de Jerónimo de Sousa, dizia, homens e mulheres que após um dia de trabalho se deslocaram ao comício com o fervor que os comunistas demonstram e com a vontade de ajudarem a construir um mundo melhor.
Eu ouvi aqueles homens e mulheres cantarem o "Avante Camarada" com todas as suas forças querendo demonstrar a todo o Portugal que é com esta força que conseguiremos mudar para uma vida melhor.
Ouvi cantarem o Hino Nacional como «mandam as regras» com amor pela pátria, esta que acolhe uns quantos nababos que apenas se aproveitam da força do trabalho de outros para enriquecerem.
Eu vi e ouvi!
E o que eu vi e o que ouvi deu-me mais força para me empenhar nas lutas necessárias para que esta geração e as vindouras possam viver num mundo mais igual.
Eu estive lá!
Avante por um mundo melhor.

Paulo «sopas» Amaral

sábado, 15 de maio de 2010

Inevitabilidades.

O povo português, tudo com letra pequena, é sui generis.
Temos os Portugueses que trabalham, aqueles que não contribuíram em nada para a crise que estamos a atravessar e temos os outros, aqueles que se servem do Estado que contribuem, e de que maneira!, para este estado de coisas e que passam pelas situações como se nada fosse com eles.
A semana que acaba foi paradigmática.
Tivemos o fim do campeonato com o benfica campeão, tivemos a presença do Papa durante quatro dias a encher os canais televisivos à exaustão e apenas nos ficou a faltar um «festival de Fado» para que tudo se parecesse com o antes do 25 de Abril de 1974. Fado, Futebol e Fátima. Benza-nos sua santidade o Papa!
No meio disto tudo, o nosso primeiro ministro, nosso salvo seja, já que tivemos cá o Papa posso dizer isto, o nosso PM dizia eu, anunciou um pacote de medidas que visam sobretudo os trabalhadores e os pensionistas, que irão agravar ainda mais as condições de vida destes portugueses.
E, como estávamos em clima de «festa», parece que ninguém se importou com isto!
Aliás, o engenheiro (?) Sócrates é especialista em criar estes faits divers para que as pessoas não reparem muito bem nas «malandrices» que ele vai fazendo.
E as «malandrices» são o aumento do IVA em todas as taxas, o aumento do IRS em 1% para os escalões mais baixos e vamos aguardar para o que aí virá a seguir.
A isto, os comentadores de serviço nada disseram! Já estamos habituados.
Acho que os Portugueses devem pensar seriamente nisto.
O líder do PSD veio pedir desculpa. Desculpa devemos pedir nós por ter tão fracos políticos na nossa praça. O senhor Pedro pede desculpa de quê?
De ser incompetente?
De não ser coerente?
De ser um fraco político?
De não ter capacidade para se distanciar das políticas seguidas pelo PS?
Se ele pediu desculpa por isto, é melhor arrumar as botas e ir já para casa!
Se não foi por isto que acabei de elencar então pode arrumar as botas e ir-se embora, também!
O Povo Português, e agora é tudo com letra grande, começa a estar farto destes «políticos» de algibeira que hoje dizem uma coisa e amanhã dizem outra completamente diferente!
Até o omnipresente Louçã num dos últimos debates na AR onde se estava a tratar do espúrio empréstimo à Grécia, que tem por hábito estar sentado na primeira fila da sua bancada parlamentar, nesse dia do referido debate estava sentado na segunda fila e acerca de um tema tão delicado nem palavra botou no Parlamento.
É caso para dizer que estão bem uns para os outros! Sendo os «uns» o PS e o PSD e os «outros» o CDS e o BE!
O que de facto é necessário, é uma ruptura total e completa com esta política e seguirmos uma política de verdadeira esquerda onde os trabalhadores e os pensionistas sejam de facto os beneficiários dessa mesma política!
Para a LUTA!

Paulo «sopas» Amaral