sexta-feira, 31 de julho de 2009

Inevitabilidades.

Como leitor atento de artigos de opinião em vários jornais, constato que existe uma palavra comum em vários artigos de opinião de variados opinion makers. Essa palavra é INEVITÁVEL.
Esta palavra, que significa “que não se pode evitar”, é utilizada muitas das vezes pelos fazedores de opinião para dizerem que temos que ficar impávidos e serenos à espera que outros façam por nós aquilo que pretendemos. E o que os outros podem fazer por nós é mais do mesmo. Menos direitos, mais precariedade no trabalho, menos salário e mais salários em atraso, etc.
Inevitável, para os fazedores de opinião, é os aumentos escandalosos dos lucros de empresas estratégicas, como a EDP e a GALP, sem que os Portugueses que pagam esses serviços que deveriam ser públicos, obtenham qualquer vantagem ou regalia desses lucros escandalosos.
Inevitável, para os fazedores de opinião, é as ajudas de milhões de euros para o sector financeiro, principal causador desta 1ª crise financeira do Século XXI, em detrimento do apoio ao sector produtivo.
Inevitável, para os fazedores de opinião, é os lucros astronómicos que a banca tem registado, mesmo em tempo de crise para a maioria das famílias portuguesas.
Inevitável, para os mesmos escribas, é existir reestruturações dos grandes grupos económicos onde a primeira das intervenções é o despedimento de trabalhadores.
Por isto, devo dizer que enquanto houver instituições bancárias com milhões de euros de lucros, enquanto houver empresas que fornecem serviços públicos, como o gás, a electricidade e as comunicações, a encaixarem milhões de euros para distribuírem por meia dúzia de accionistas, e quando os grandes grupos económicos despedem centenas e milhares de trabalhadores com a desculpa da reestruturação, inevitabilidade é o povo português insurgir-se contra este tipo de situações e indignarmo-nos e dar um grande safanão nesta Sociedade que é nossa, dos nossos filhos e será dos nossos netos.

Paulo «sopas» Amaral

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A Esquerda de Manuel Alegre

Manuel Alegre despediu-se do Parlamento ao fim de 34 anos de actividade parlamentar. Quero desde já dizer, que considerei Manuel Alegre um excelente tribuno.
Quero referir também o seu papel como Deputado Constituinte com o papel que tem que se lhe reconhecer na elaboração e edificação da Constituição da República Portuguesa, projecto de sociedade democrática.
Só que Manuel Alegre teve nestes últimos anos um «tempo de antena» de que nem todos se podem vangloriar.
Esses «tempos de antena», por vezes despropositados recordo-me que até acerca das últimas eleições do Benfica o entrevistaram, não tendo sido concedidos a outros partidos e responsáveis partidários, tiveram um papel muito importante na ideia que os Portugueses fizeram em relação a Manuel Alegre. Por vezes errada, afirmo eu e passo a explicar.
A comunicação social tem por hábito enfatizar declarações do vice-presidente da AR/deputado/poeta/não sei o quê Manuel Alegre, e uma das afirmações era que para revitalizar a economia nacional era necessário aumentar os salários.
Devo dizer que estou completamente de acordo com a medida em si. Aliás, subscrevo por baixo.
Mas o que mais me aflige é a ideia do vice-presidente da AR/deputado/poeta/não sei o quê, não ser uma ideia nem uma medida que nunca tenha sido anunciada.
Pelo contrário!
Desde Outubro do ano passado que o Partido Comunista Português anunciou que esta seria uma de entre outras medidas a tomar pelo governo que melhorariam a qualidade de vida das famílias portuguesas e por consequência a economia do País seria revitalizada.
Mas, como já vem sendo hábito, o vice-presidente da AR/deputado/poeta/não sei o quê vem dizer o mesmo que os outros já disseram. Vem fazer de paladino da verdade e da moral, depois de os outros já terem afirmado e evidenciado que eram as medidas necessárias para a melhoria de vida da maioria das famílias portuguesas.
Uma vez mais o vice-presidente da AR/deputado/poeta/não sei o quê vem mostrar que não tem ideias, não possui medidas para revitalizar a economia nacional, no fundo, o que apenas tem são ideias avulsas, maioritariamente copiadas de outras forças políticas, nomeadamente do Partido Comunista Português.
E a comunicação social, a mesma que em Outubro não deu tanto ênfase às várias medidas que o Partido Comunista Português apresentou e que vem apresentando, deu como uma inovação o que o vice-presidente da AR/deputado/poeta/não sei o quê afirmou numa cerimónia de apresentação de um livro e num artigo escrito numa revista que dá pelo nome de OPS!.
Como costumo dizer quando me engano, ops...

Paulo «sopas» Amaral

330 000 000

É este o valor em euros que a GALP pagou em dividendos a Américo Amorim desde que uma empresa deste milionário português, a Amorim Energia, entrou para o capital da petrolífera há 4 anos.
330 milhões de euros!
Agora entendo, não só agora mas também agora, porque é que os combustíveis em Portugal são mais caros do que na maioria dos países da UE.
Para que a petrolífera portuguesa possa distribuir largos milhões de euros a estes nababos, sem produzirem nada.
É VERGONHOSO!
Dois milhões de Portugueses a viver abaixo do limiar da pobreza e uns poucos a arrebanhar milhões sem nada fazerem por isso.
Tantos milhões de euros nos bolsos de uns quantos, suportados por muitos.
Os de sempre, os trabalhadores.

Paulo «sopas» Amaral

O meu SPORTING

O jogo de ontem deixou-me com alguma frustração.
Em primeiro lugar a equipa não entrou no jogo como o treinador Paulo Bento tinha afirmado na comunicação social que o iria fazer: "a controlar o jogo". Pelo contrário, aqueles primeiros 20 minutos foram de um sufoco tal que se os holandeses do Twente chegassem ao fim daquele período a vencer não era admiração nenhuma.
Depois do 20º minuto já se conseguiu ver um pouco do SCP que eu gosto de ver jogar. Até ao penalti!
Mais uma vez se nota falta de treino na marcação dos penaltis. Certo que a defesa do guarda-redes é muito boa, mas não podemos esquecer que ele tinha acabado de entrar em campo, sem aquecimento logo, não possuía o ritmo de jogo suficiente para poder defender uma grande penalidade se esta fosse bem marcada. E eu sei do que estou a falar.
Quanto ao resto, foi uma exibição pobre do Sporting, com muita posse de bola, mais remates, mais ataques mas sem qualquer tipo de produção objectiva para um jogo de futebol, que são os golos.
O melhor jogador do SCP, para mim, foi o Miguel Veloso. Espero que todas as divergências havidas no ano passado tenham sido superadas e que o Miguel Veloso possa colocar em campo e ao serviço do SCP todo o seu futebol, á semelhança do que aconteceu há duas épocas.
A minha maior frustração residiu no facto de tendo o Sporting mantido toda a sua estrutura do ano anterior, na equipa de ontem apenas o Matías Fernandez não pertencia ao SCP, a equipa demonstrou poucos automatismos, parecendo que naquele onze havia 6 ou 7 jogadores novos.
O que eu pensava que fosse uma mais valia em relação aos principais adversários do SCP, a estabilidade da equipa, isso não se está a verificar.
Para terminar quero referir as grandes penalidades.
O lance logo no início do jogo entre o Carriço e um avançado do Twente, não é penalti porque o Carriço já tem a perna e o avançado finge que é derrubado. Mas já vi penaltis marcados por muito menos.
O penalti marcado a favor do Sporting, não deixa dúvidas assim como a expulsão do guarda-redes. Quanto aos outros pretensos penaltis, sem comentários.

Paulo «sopas» Amaral

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O debate da capital?

Não foi esclarecedor, foi um ajuste de contas entre Pedro Santana Lopes (PSL) e António Costa (AC) principalmente no que a obra feita e a dívidas contraídas pela Câmara Municipal de Lisboa (CML).
Quanto a políticas para a cidade, zero!
No essencial eles são iguais.
PSL quer mais obras e mais um ou dois túneis em Lisboa.
AC pretende afastar os carros do centro da cidade, sem explicar como poderá o comércio da baixa sobreviver se as pessoas não têm condições para se deslocarem às compras no centro da cidade. Não podemos esquecer que foi AC quem tem permitido que a CARRIS cada vez mais trate os seus utentes como clientes, afastando os autocarros de quem mais precisa escudando-se na expansão da rede do metro, dificultando a mobilidade das pessoas que trabalham e querem visitar a cidade.
É lamentável que a postura de AC neste debate tenha sido uma postura agressiva em relação a PSL.
Não compreendo porque é que AC disse várias vezes para o seu opositor "não se enerve", quando de facto o que parecia era AC estar tenso e nervoso principalmente quando PSL lhe lembrou os acordos puramente eleitoralistas e sem qualquer princípio ideológico que ele fez com Helena Roseta e Sá Fernandes. Aqui é que se demonstrou quem estava de facto nervoso e tenso.
Quanto a PSL além de ter dito que pretendia fazer mais um ou dois túneis em Lisboa, limitou-se a fazer um ajuste de contas com o seu passado dizendo que as obras que fez não foram pagas porque a CML não se podia endividar, ao contrário do que acontece agora, e a enaltecer-se pelo pouco trabalho efectuado enquanto presidente da CML, nomeadamente no que diz respeito à reabilitação urbana.
Quanto a isto, e habitando eu num bairro histórico da cidade de Lisboa, não me posso esquecer dos prédios fechados, dos painéis enormes a dizer "Lisboa Ama" que só entristeceram a paisagem dos bairros históricos.
Por isso, e reportando-me ao meu último post, este debate não passou de umas promessas, poucas, do que eles pretendem fazer na cidade.
Quanto a verdadeiras políticas, políticas para revitalizarem o centro de Lisboa, para a reabilitação urbana, para o estacionamento na cidade de Lisboa, para a mobilidade na cidade, ZERO.

Paulo «sopas» Amaral

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Promessas

Neste ano recheado de eleições, alguns políticos enchem-nos de promessas de desejos de melhores dias, mais dinheiro nos nossos bolsos, melhor futuro para os nossos filhos, mais e melhor justiça, a saúde mais barata e com melhores médicos, enfim uma panóplia de promessas e desejos que não fosse estarmos fartos delas e deles, desses carregadores de promessas disfarçados de políticos, e seríamos levados a acreditar que só querem o nosso bem.
Esses políticos dizem tudo isto em frente às câmaras de televisão com um ar cândido que até as crianças sentem pena deles.
José Sócrates fez a apresentação do programa de governo que irá apresentar nas próximas eleições legislativas, aliás programa que teve o apoio e a mãozinha de economistas do mais neoliberal que a nossa política comporta, e nesse programa lá vêm as referidas promessas.
Não querendo fazer futurologia, porque o senhor se voltar a ser eleito PM, lagarto, lagarto, lagarto, poderá cumprir o que agora prometeu. Mas o que não podemos olvidar foram as promessas que ele fez em 2005 e que passados quatro anos não cumpriu. Estas sim, temos dados que podem comprovar o que prometeu e não cumpriu.
Começo pelo número famoso dos empregos: 150 mil. Para já, desconfiei logo à partida pelo facto de ser um número muito redondo. O que o senhor arranjou foi um saldo escasso de 4700 empregos no 1º trimestre deste ano, segundo dados que obtive no sítio do INE.
No mesmo sítio, consegui descobrir que a taxa de desemprego passou de 7,9% para 8,9%.
A análise que faço a estes números é que neste valor não se encontram as pessoas que estão a tirar cursos de formação profissional e os empregos sazonais que no nosso país tem um peso muito grande.
Para não falar nos cerca de 144 mil desempregados que foram eliminados dos ficheiros do IEFP. Então posso dizer que a taxa de desemprego actual poderá estar muito próxima dos 11%, o que para quem prometeu 150 mil novos empregos o deve deixar bastante angustiado. Ou não!
Segundo o IEFP, em Dezembro de 2008 o número de desempregados inscritos nos centros de emprego era de 416.005.
De 1 de Janeiro até 30 de Abril deste ano, inscreveram-se nos centros de emprego 237.077 novos desempregados, e ainda segundo dados do IEFP foram colocadas a trabalhar 17.789 pessoas inscritas nos centros de emprego.
Ora se somarmos isto tudo e diminuirmos as pessoas entretanto colocadas dá um valor de 635.293 desempregados inscritos nos centros de emprego.
Ora, não só o Eng. Sócrates não criou 150 mil novos postos de trabalho como conseguiu arranjar mais 635 mil desempregados.
Uma promessa não cumprida.
Em relação ao défice foi pedido aos Portugueses esforços atrás de esforços para que o tão famigerado défice não fosse superior a 3%, para não irmos de encontro ao que a UE nos pedia.
Quatro anos passados, e muitos sacrifícios feitos pelos trabalhadores, pois foi só para os trabalhadores que os sacrifícios foram pedidos, o défice não só não foi cumprido como neste ano chegará perto dos 6%.
Pergunto: Para quê tantos sacrifícios, para quê os aumentos dos impostos e a diminuição dos salários reais, se o défice está hoje como estava há quatro anos?
Duas.
Em termos de segurança interna, o PM prometeu colocar no patrulhamento mais 4800 agentes da PSP. Em 2009 apenas foram libertados para patrulhamento de rua 1200 agentes.
Mais uma, a terceira.
O apoio às PME, que são cerca de 90% do tecido empresarial português, não foi feito conforme o prometido em 2005, além de que não conseguiu cumprir o objectivo do investimento estrangeiro que ficou muito aquém do que tinha sido prometido.
E vão quatro.
Nas finanças públicas, a dívida pública que deveria ter sido estabilizada neste mandato passou de 64% para perto dos 70%.
Mais uma.
A reforma da organização e do mapa judiciário não passou do papel, e em lugar de ser uma reforma estrutural passou a pertencer à secção das experiências deste governo.
Já vai em seis.
Seria um post exaustivo se estivesse a elencar todas as promessas que o Eng. Sócrates não cumpriu, estas são as mais emblemáticas e que por vezes somos levados a esquecer e a não dar o devido valor do que estava em jogo.
Muitas destas promessas se cumpridas, poderiam ter melhorado muito a vida dos Portugueses. No entanto o que se viu foi que mesmo com a crise mundial que se iniciou em 2008 e se estenderá até não se sabe quando, uns ficaram mais pobres enquanto outros obtiveram lucros vergonhosos. Caso da banca, da GALP, da EDP, etc.
Por isto, não acredito no que estes políticos dizem.
Outrossim, acredito que a actividade política em Portugal sairia beneficiada se houvesse caras novas na política. Se estes que há cerca de 30 anos nos governam derem lugar a outros, podia ser que a credibilidade dos políticos deixasse de cair e se fizesse realmente política em Portugal. Política em benefício do povo.

Paulo «sopas» Amaral

terça-feira, 21 de julho de 2009

A Islândia.


A Islândia sempre foi um País que me seduziu.
Está localizada ao norte do Oceano Atlântico, pouco a sul do Círculo Polar Árctico, o que pode dar a sensação de conseguir ver o resto do Globo “de lá de cima”.
A Islândia é a 18ª maior ilha do mundo e ao contrário do que muita gente pensa faz parte da Europa. Contudo, em termos geológicos a ilha pertença à Europa e à América do Norte.
Esta ilha tem 103 mil km quadrados de área no qual 14,3% são cobertos de lagos e glaciares e a vegetação cobre apenas 23% daquela área.
A costa islandesa é composta por imensos fiordes e é também aqui onde estão situadas a maioria das cidades, em virtude de o interior da ilha ser muito mais frio e a combinação entre areia e montanhas tornar o interior inabitável.
Sendo Reykjavík a sua capital, a Islândia tem em Akureyri a maior cidade fora da área da capital.
A maioria das vilas e cidades rurais têm na indústria da pesca a sua fonte de sustento principal que fornece 40% para as exportações da ilha.
A Islândia foi considerada em tempos o sétimo país mais produtivo do mundo. Tirando a energia geotérmica a Islândia não possui recursos naturais, sendo que a sua economia dependia sobretudo da indústria da pesca, que além do peso nas exportações empregava 8% da força do trabalho.
No entanto esta dependência económica do sector da pesca tem vindo fortemente a cair, sendo que outros sectores têm vindo a crescer como a indústria do turismo, tecnologia e várias outras indústrias não produtivas. Por isto o crescimento económico na Islândia sofreu uma quebra acentuada entre 2000 e 2002, embora a sua economia tenha crescido até 6,2% em 2004.
A economia da Islândia, tem-se vindo a diversificar sendo que na última década em detrimento do sector produtivo, a Islândia procedeu à passagem destes sectores para a produção do software, biotecnologia e principalmente os serviços financeiros.
O sector do turismo e o financeiro, ao contrário do das pescas, está em expansão.
Neste aspecto, a capital financeira da Islândia, Reykjavík, acolheu grande número de empresas de investimento e financeiras.
Como todos sabemos, em 2008 o colapso do sistema financeiro no mundo, alastrado dos EUA a todo o Globo, trouxe muitos dissabores a países que considerávamos intocáveis. Países ricos e desenvolvidos, como a Islândia.
Assim, sendo a Islândia um País que vivia sobretudo da financeirização da economia, em detrimento do sector produtivo, a crise foi sentida sobremaneira, levando à falência dos seus três maiores bancos, onde a sua dívida ascendia a cerca de seis vezes o seu produto interno bruto (PIB).
Com tudo isto, com a hecatombe que se previa iria desabar sobre o estado Islandês, o governo da Islândia aumentou as taxas de juro para 18%, coisa impensável há cerca de meia dúzia de anos, sendo obrigado pelo FMI, principalmente devido às condições do empréstimo obtido junto daquela instituição. Além deste empréstimo, a Islândia recorreu aos países nórdicos para obtenção de mais 4 mil milhões de euros, o que veio a contribuir ainda mais para o colapso financeiro do País.
Em 26 de Janeiro deste ano o governo caiu devido à manipulação que tinha feito da crise financeira e foi eleito um novo governo de esquerda.
Este, imediatamente iniciou um processo de reestruturação do sector bancário e financeiro do País, começando pela demissão do governador do banco central.
Todo este texto serve para indicar que de facto o capitalismo soçobrou. O capitalismo ao produzir esta crise financeira veio por à tona todo o seu carácter sistémico, injusto e pouco produtivo.
Os Estados ao transformarem dinheiro em mais dinheiro através de processos especulativos sem nunca passarem pela actividade produtiva, têm demonstrado ser esta a principal resposta do sistema capitalista para esta e todas as crises estruturais.
Ao não conseguirem obter taxas médias de lucro esperadas fez com que se transferisse as mais-valias geradas para a esfera da especulação financeira em detrimento do investimento produtivo, o que após uma crise tão grave como esta veio colocar países ricos e desenvolvidos, como a Islândia, na bancarrota.
A financeirização da economia é uma das vertentes mais demolidoras das crises financeiras, por isso posso afirmar que as recorrentes crises financeiras são a consequência da progressiva financeirização do capitalismo e do domínio do capital financeiro.
Paulo «sopas» Amaral

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Mário Soares e o Socialismo.

Mário Soares escreveu num artigo de opinião publicado no El País, que os socialistas devem ser mais socialistas. E que quando estão no governo se deixam levar pelo ideal neo-liberal.
Então, não foi isto que Soares fez enquanto primeiro-ministro?
Que moral terá Mário Soares para dizer o que diz, quando ele apoia incondicionalmente este primeiro ministro que, dizendo-se de socialista, aplica as políticas mais neo-liberais de que há memória?
Esquecemo-nos que foi este senhor que colocou o socialismo na gaveta há cerca de 20 anos?
De facto, é com estas tiradas que cada vez mais os Portugueses se desinteressam pela política!
É com estas frases hipócritas, repito hipócritas, que fazem com que a credibilidade dos políticos Portugueses ande pela rua da amargura!
O que estamos a precisar é de políticos que coloquem os interesses nacionais acima dos seus próprios interesses, que façam abanar os poderes instalados para que percebam que ainda existe alguém que luta e defende os mais fracos.
Por isto, voto PCP!

Paulo «sopas» Amaral
Diz a imprensa de hoje, que o Tribunal de Contas (TC) arrasa o acordo para o terminal de contentores de Alcântara. Diz o mesmo TC que o acordo é ruinoso para o Estado Português.
O que acho que os Portugueses deviam perguntar a estes nababos que nos governam é o seguinte:
Quem assume as responsabilidades...
  • de mais este escabroso negócio envolvendo ministros e ex-ministros?
  • será que ninguém assumirá as responsabilidades de delapidar os dinheiros públicos em favor de uns poucos?
Nós, contribuintes portugueses deveríamos exigir do PR que se pronunciasse acerca deste assunto, assim como se pronunciou sobre a compra da PRISA pela PT.
E deveríamos exigir do PM desculpas públicas, por mais este atentado aos dinheiros públicos.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Alberto João Jardim e o fim do Comunismo.

Esta criatura por vezes presenteia-nos com dislates.
Espanta-me, ou não, que ele diga o que lhe apetece, em conferências de imprensa, em inaugurações ou onde lhe aprouver e nada nem ninguém faça ver à criatura que em democracia e ocupando o cargo que ocupa, não se pode dizer certas coisas. Até porque são autênticas barbaridades.
Ao pretender fazer uma revisão da Constituição da República Portuguesa (CRP), com vista a proibir o comunismo na CRP, o senhor quer acabar com o Partido Comunista Português.
E ao acabar com o PCP, a criatura acabaria com o verdadeiro Socialismo, com a verdadeira esquerda, com o único partido político em Portugal que defende uma verdadeira política de esquerda.
O Alberto João Jardim acabaria assim com o único Partido que:
  • defende o trabalho com direitos;
  • defende os trabalhadores, juntando-se à sua luta;
  • que luta contra as desigualdades sociais;
  • defende que sectores estratégicos da nossa sociedade, tais como a GALP, a EDP, a PT e outras, fiquem na alçada do Estado para que os milhões de euros de lucro que estas empresas dão ao fim de cada ano sejam aplicados em benefício do Povo e não para encher os bolsos a uns quantos nababos da nossa sociedade.

Esta criatura tem, ao longo dos anos, demonstrado pouca cultura democrática. Logo, não se lhe pode reconhecer qualquer laivo de pretensão de defesa da Democracia e da CRP a uma pessoa com o estilo dele.

Não esqueço, nem ninguém o deve esquecer, que aquando de uma visita do Presidente da República à Madeira, a criatura disse em frente ao PR e à comunicação social que não iria haver sessão solene de boas vindas ao PR no Parlamento Regional porque, e cito de memória, "aquilo é uma casa de loucos!"

O que dizer deste democrata que pretende proibir o comunismo na CRP?

O que pensar de uma pessoa que afirma que ao proibir o comunismo na CRP, a nossa democracia fica mais pura, mais moderna, quando ele chama casa de loucos à casa da Democracia na região autónoma que ele governa de forma autocrática há tantos anos?

Ao pretender proibir o comunismo na CRP, Alberto João Jardim quererá assim acabar com o PCP, partido que aumentou a sua votação na Madeira e por isso irá continuar a lutar junto dos trabalhadores contra o estilo trauliteiro e autocrático da criatura.

Tenho durante o dia de hoje ouvido e lido vários comentários acerca deste tema.

O que mais me tem chocado é a comparação que fazem do comunismo com o fascismo, chegando ao ponto de se afirmar que o PCP defende ideais totalitaristas.

Onde é que vemos nas teses e no programa do PCP, algo que indicie totalitarismo?

Em parte nenhuma!

Assim, é uma falácia querer desinformar a população ao afirmar coisas deste género.

Não leio em parte alguma das teses e do programa do PCP, qualquer referência a Estaline, mas os fazedores de opinião não o afirmam, pelo contrário, deixam pairar na opinião pública este assunto para que assim possam sempre fazer juízos preconceituosos acerca do PCP.

O Alberto João Jardim, que tem responsabilidades na nossa Democracia pelo cargo que desempenha e no PSD deveria, se vivêssemos num País a sério, ter sido várias vezes reprimido pelas ofensas que tem dirigido a vários agentes da Democracia Portuguesa.

Não podemos esquecer, que foi ele que disse para quem o quisesse ouvir que não permitia chineses na Madeira, e quando lhe fizeram sinal de que estariam presentes pessoas daquela nacionalidade presentes ele afirmou que "ainda bem, é para eles verem que eu não os quero cá...". Palavras para quê.

É também uma afronta a todos os comunistas e democratas que lutaram contra o fascismo existente em Portugal, muitos deles lutando até perderem a própria vida. Para que esta criatura possa, agora, dizer tantos disparates.

Neste ponto, acho que seria de bom tom que tanto o PR como o PM, dissessem uma palavra acerca deste disparate vindo de uma figura com bastantes responsabilidades na nossa sociedade.

Se não o fizerem, é sinal de que pactuam com mais esta forma autocrática de ver a Democracia em que vivemos.

Para terminar gostava de dizer que mais depressa terminará o reinado da criatura à frente dos destinos da Madeira, do que acabará o comunismo e o PCP.

Paulo «sopas» Amaral

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Para quê o governador do BdP?

Este senhor, que é apenas o 3º governador de bancos centrais mais bem pago á frente do presidente da reserva federal dos EUA, apenas serve para vir dar estas notícias aos Portugueses.
Onde estava ele quando os banqueiros do BCP, do BPN e do BPP faziam falcatruas e lesavam os Estado e os contribuintes em milhões de euros.
Estava, seguramente, a fazer contas para vir dizer aos Portugueses que a economia vai estagnar, que não é possível aumentar os salários dos trabalhadores e por aí fora.
Não é por acaso, que passados alguns governos do PS do PSD/CDS-PP, ele ainda se encontra em funções.
Que favores este senhor tem feito, para que nunca tivessem corrido com ele?
De certeza que não é pelas suas qualidades técnicas, pois um governador do BdP que não supervisiona condignamente a banca nacional, não deve ser uma sumidade em termos económico-financeiros.
Devíamos fazer uma abaixo-assinado par correr com a criatura!
Eu assino...

Eu não disse...

Escrevi esta manhã no Expresso on-line, que a notícia acerca da reflexão que a senhora estava a fazer era apenas para atirar areia para os olhos dos Lisboetas.
E acertei. Só não acerto no euromilhões!
Palavras para quê?
É uma artista portuguesa, que já foi do PSD, próxima do PS, de um movimento qualquer e agora volta que estás perdoada daquilo que disseste, e integras a lista do Costa.
São estas tomadas de atitude que denigrem a classe política.
Ou melhor, ALGUMA CLASSE POLÍTICA.
Como disse esta manhã, vergonha é precisa!!!
Não votarei no Santana, mas o que ele disse ontem na RTP tem uma certa lógica.
O que o António Costa está a fazer é uma demonstração de fraqueza e medo, a palavra certa é mesmo medo, em relação à candidatura do Santana.
Não é por acaso que o PCP não quis alianças com o Costa. Era uma verdadeira aliança de esquerda, isto se o PS estivesse imbuído das políticas de esquerda o que não é o caso, e assim por muito que digam não irá existir uma convergência de esquerda nas candidaturas à CML.
Para pena de muitos lisboetas!
Quisesse o PS fazer outras políticas, de verdadeira esquerda, e aí teríamos o PCP coligado com o PS para que a candidatura de direita não vencesse a CML.
Assim, e como dizia o Guterres, é a vida...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Alegre e o PS

Tenho que voltar a referir a prestação do poeta, deputado, vice-presidente da AR, ex-candidato a PR.
Diz o senhor no passado sábado no Expresso em artigo muito publicitado e comentado que o PS tem que acordar, senão terá um dissabor nas próximas eleições. Disse mais ou menos isto.
Ora, não sendo eu do PS mas sendo um homem de esquerda sem essas mistificações de esquerda democrática como muito gosta de lhe chamar o Sócrates, fico estarrecido quando ouço o Alegre chamar a atenção ao PS.
E fico estarrecido, quiçá atordoado pois penso que estou a sonhar: então não foi este senhor que concorreu contra o seu PS aquando das últimas eleições presidenciais?
Então não foi este senhor que permitiu que pela primeira vez houvesse um PR oriundo do espectro político da direita, ao fazer com que os votos da esquerda e dos seu PS se dividissem por ele e pelo Mário Soares?
Será que terei sonhado ou aconteceu isto mesmo?
Mais estupefacto fiquei quando o ouço dizer que é contra o código laboral que o seu PS quer fazer aprovar. Então este senhor não se absteve aquando da votação do código laboral na AR? Ou não esteve presente, para agora poder dizer que está contra?
São, de facto, incongruências a mais para quem diz que é do PS e para quem diz que quer um PS virado à esquerda.
Estranho que a comunicação social, em geral, continue a dar tanto tempo de antena a um senhor que está provado já devia estar a repousar na sua casa no distrito de Coimbra e não nos maçar mais com os seus devaneios e o seu ar de enfado quando fala de qualquer coisa.

Paulo «sopas» Amaral

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O Estado, os Portugueses e o BPP

Diz a comunicação social que o Estado não vai injectar mais dinheiro público no BPP.
Pergunto: E os 450 milhões de euros, dinheiro dos contribuintes, que já lá estão colocados?
A notícia pode ser enganosa! Diz que Estado não vai injectar verbas do erário público no BPP, mas o que é um facto é que já lá moram 450 milhões de euros, e como contribuinte com os impostos em dia questiono o Governo acerca desse dinheiro. O que vai acontecer? Irá o Estado português ser ressarcido dessa quantia? Ou será que temos uma nacionalização encapotada, como a do BPN, em que se nacionaliza os prejuízos e os lucros ficarão para outros?
Aguardo as cenas dos próximos capítulos...

Paulo «sopas» Amaral

Política II

Em seguimento do meu artigo acerca da política quero referir outro assunto acerca deste tema que para mim é tão ou mais importante.
Ninguém, e não quero ser dogmático, que não vote pode exigir que a política seguida deva ser diferente.
Se não se vota, não temos legitimidade para exigir que se faça política como gostaríamos que se fizesse.
Se não votamos não temos legitimidade para nos queixarmos.
Votar, e consequentemente interessar-se por política é vital para uma sociedade mais democrática!
Interessar-se por política é podermos definir a sociedade em que pretendemos viver. Nós e os nossos filhos.
Política, não é só a gestão do tempo é a construção do futuro!

Paulo «sopas» Amaral

SCP e Liedson.

Foi com enorme satisfação que vi o meu clube o Sporting Clube de Portugal, assinar mais dois anos de contrato com o Liedson.
Não esperaria outra coisa e parafraseando o presidente do SCP, até ficaria muito triste e desolado se isso não acontecesse.
Parabéns SPORTING e parabéns LIEDSON!
Espero que nos dês muitos golos e alegrias para que possamos ser campeões! Contra tudo e contra todos!
Inclusivamente contra as escandalosas contratações que os nossos principais rivais andam a fazer. Como é possível?

Força SPORTING!

Paulo «sopas» Amaral

Política!

Neste ano em que temos 3 eleições, uma delas já ocorreu, tenho que falar acerca de política, tema que me interessa muito e ao qual tenho dedicado muito tempo de estudo.
Como cidadãos iremos ter que votar duas vezes mais este ano. Para a Assembleia da República (AR) e para as Autarquias. Ambas se revestem de uma importância extrema, devido à conjuntura que atravessamos, e também devido à política que tem sido seguida não nestes últimos quase cinco anos, mas nas políticas que têm vindo a ser seguidas nos últimos 35 anos.
Para a AR iremos ter que escolher entre mais do mesmo, ou seja, o mesmo que temos tido nos últimos 35 anos ou optarmos por outra política e outros políticos.
A ordem em que coloco os «actores», política e políticos, faz todo o sentido pois estamos necessitados de novos intervenientes políticos, mas mais ainda de outras e novas políticas.
Políticas que não olvidem o factor produtivo da nossa sociedade, Políticas que coloquem o Homem e a Mulher em primeiríssimo lugar não os menosprezando fazendo deles apenas números para as estatísticas.
E políticos que pensem em primeiro lugar em quem os elegeu, políticos que coloquem o interesse Nacional acima dos seus interesses, políticos que não esqueçam os eleitores depois de serem eleitos pois se não fossem os portugueses que votam, eles não tinham o lugar que têm nem o poder que possuem.
Nem só os políticos têm responsabilidades na situação em que vivemos!
Os Portugueses que não votam, pelos mais variados motivos, ou porque entendem que a eleição para o Parlamento Europeu não lhes diz respeito, ou porque dizem que são todos iguais e não vale a pena escolher um entre tantos partidos, etc.
Não compreendo quando as pessoas dizem que a política não lhes interessa, que não se querem meter na política.
Só que a política não é apenas a actividade exercida pelos eleitos após a votação. Política é o emprego que nos está a escapar e não podemos fazer nada para o salvar, política é o preço do pão, do leite, da carne, dos combustíveis, da saúde, da escola dos nossos filhos e netos e da cultura.
Ou seja, POLÍTICA, é o dia-a-dia é o termos forma de viver dentro dos parâmetros razoáveis ou não. POLÍTICA é o pão, a carne, o leite que comemos e é também a educação que podemos dar aos nossos filhos e netos e a saúde que eles podem ter.
No fundo, POLÍTICA é o ar que respiramos.

Paulo «sopas» Amaral

quarta-feira, 8 de julho de 2009

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Começo hoje a escrever neste blogue.